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Yaldabaoth
Members | |
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Current | |
XII.XIX.XII | All instruments, Vocals (2017-present) |
Member(bands): Helliancy, Allonair | |
XXIII.IV.IV | Lyrics (2017-present) |
Past (Live) | |
XVIII.XXII.XXVI | Drums (2018) |
Member(bands): Barrabás, Dark Paramount | |
V.XVI.III | Guitars (2018) |
I.IV.III | Keyboards, Vocals (backing) (2018) |
# | Discography | Type | Year | |
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1 | A Queda de Sophia | Full-length | 2018 | Show album |
2 | O Mito das Duas Árvores | Full-length | 2019 | Show album |
3 | Remphan | Full-length | 2020 | Show album |
A Queda de Sophia
Album versions
Release date | Label | Catalog ID | Format | Description |
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January 21st, 2018 | Balrogh Records | BR037 | Cassette | Limited edition |
February 1st, 2018 | Balrogh Records | Digital | Bandcamp | |
May 29th, 2019 | Unholy War Productions | UWPD - 036 | Cassette | Limited edition |
Members | |
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XII.XIX.XII | All instruments, Vocals |
XXIII.IV.IV | Lyrics |
Tracks | |||
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Side A | |||
1. | Néa Ekkínesi | 01:25 | instrumental |
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2. | O Pleroma | 14:33 | Show lyrics |
Yaldabaoth - O Pleroma Não existia nem o tempo, nem o espaço Tão pouco mundo, matéria ou terra O caos não havia se formado, As águas geladas ainda não tinham jorrado Para fora do abismo Fluíam no vazio, por toda a eternidade Os sete perpétuos, os sete seres celestes os sete primeiros Aeons O Primeiro era Mônade, o Uno, Bythus, o profundo, o pai severo e inefável, Aiōn teleos, o absoluto e perfeito Proarchē, surgido antes do princípio Hē Archē, o ponto inicial de tudo o que existe Em silêncio, contemplou Ennoia, a Idéia, O reflexo feminino de si mesmo, por eras sem fim E viu que a dualidade era boa Dele emanou o segundo Aeon Duad, Irmão e Irmã, nasceram juntos Nous, a mente, e sua Sizígia Alethea, a Verdade O primeiro par, a primeira polaridade Formavam com Bythus o triangulo que tudo vê A potencialidade do espírito A Duad emanou o terceiro aeon Tetraktys, Quartenária, Dois pares O Logos e Antrôpos, a palavra e o Homem, machos eram Zôe e Ekklesia, a vida e a assembleia, Suas sizígias os completam Ligados, o quadrado sólido formavam a potencialidade da matéria Os sete perpétuos, os sete primeiros Aeons Entidades poderosas eram Controlavam o plano ideal do espírito e muitas criações engendraram Cada filho, cada emanação, porém, decaiam em sua divindade Mais materiais e mais imperfeitos se tornavam A tetraktys lançou mais dois Aeons Dez perpétuos menores surgiram de Logos e Zoe Bythios, Ageratos, Autophuês, Akinêtos e Monogênes eram machos E as sizígias Mixis, Henosis, Hêdonê, Synkrasis e Makária Formavam os dois grandes pentagramas, Apontando para cima e para baixo O Decágono estrelado, sagrado e profano. Outros Doze emanaram de Antropos e Ekklesia Parakletos, Patrikos, Mêtrikos, Ainos, Ekklêsiastikos e Thelêtos E as sizígias Pistis, Elpis, Agapê, Synesis, Makariotes e Sophia Formavam dois hexagramas, o Dodecágono total Compondo a mais baixa ordem espiritual Os mais distantes do ser primeiro. Todos juntos formavam o todo, a plenitude, O Ser supremo, autogerado, mãe e pai de si próprio o Criador dos Deuses e Tronos Anjos e Arcanjos, Querubins e Serafins Potestades e Demônios, duques e marqueses Mensageiros e espíritos, Homens e Mulheres Geometria perfeita, abstração pura, Luz que queima e consome, cujas centelhas deram início a todo o movimento da criação. |
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3. | I Apokálypsi Barbelo | 11:08 | Show lyrics |
Após ter-se completado a natureza dos imortais A partir da natureza do infinito, seu conjunto O Pleroma, geometria perfeita e ideal Iniciou seu movimento fatal. Na mente do primeiro Aeon Monade, O ponto inicial e profundo Ennoia se impunha Queria separar-se, dividir a unidade E, esquizofrênico, o ProArche tornou Uma visão dividida e contraditória Mas estranhamente complementar. Ennoia desejava ser a contraparte real Senhora de seu próprio domínio Não ideal, mas decaído e material A mãe suprema de suas criações Tal qual Monade foi pai dos sete Aeons Apenas por ela inspirado. Para tal intento, uma forma física necessitava Completando assim o desejo secreto de Monade Não apenas o de ter uma sizígia, uma consorte Mas fazer a sua própria unidade uma pluralidade. Em seu plano diabólico, Ennoia a Sophia seduziu O menor e mais material de todos os Aeons A aresta mais baixa do dodecágono final A última criada, a mais distante de Monade Sabedoria, porém, era seu nome secreto Nela ocultava-se o conhecimento certo. Para a criação da matéria, Da luz e da sombra A chave para a criação do mundo real Do universo, do tempo e do espaço. Ennoia em Sophia infundiu O desejo de recriar, próxima de si, o primeiro ser Monâde, o pai inefável, para ela tão distante Pois a vontade de Sophia era ascender Novamente à unidade original. A saudade da energia primordial, Fez que Sophia cria-se diante de si Uma magnífica imagem celestial De incompreensível grandeza Para imagem final, não havia referencial Para o novo pai artificial Que sua própria semelhança A forma foi criada fêmea, E logo possuída por Ennoia, Que se transmigrou de Monade Instalando uma grande convulsão A luz surgiu em magnifica profusão Em toda a extensão do novo Aeon Localizado em lugar intermediário Entre o plano celeste imortal do Pleroma E o vazio onde cresceriam as criações Da nova mãe cósmica Barbelo. |
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Side B | |||
4. | Antanáklasi Kosmikó | 03:14 | instrumental |
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5. | O Abismo | 09:15 | Show lyrics |
O Abismo Assim brilhou a primeira luz no espaço vazio Diante do pleroma indiferente Em seu etéreo desprezo por toda a contradição Menos Sophia, que olhava alarmada a chama que criou Não pela beleza daquela que chamava a si própria de Barbelo Mas pela crescente sombra que inundava todas as direções Projetada pela luz intermitente e lentamente a abraçando Com um denso véu de escuridão. Como uma pedra arremessada no lago calmo A luz fazia o vazio sacudir-se em ondas de trevas Nos recantos do espaço profundo, uma tempestade rugia O Caos conflituoso e violento emergia Sophia virou as costas para sua filha-mãe Barbelo Atraída pelo abismo que se abria Também por ela criado, parte da mesma obra. Medo e vergonha tomaram Sophia Não era possível que tivesse criado tal abominação Barbelo decidiu lhe falar pela primeira e última vez: “o Segredo de Monade está no fundo da escuridão Não tenha receio minha mãe-filha” Sophia sorriu para si mesma, tomou coragem Saiu de perto de Barbelo e jogou-se no Abismo Mergulhando nas águas geladas do Caos. No escuro completo, sentiu sua presença se apagando Sua consciência se diluindo, seu ser se extinguindo Seu corpo se dissolvendo, sua vontade se quebrando Medo, lágrimas e ranger de dentes, o gosto da morte na boca Com a ira de ser traída e sacrificada pelo Pleroma Sophia gritou, com ódio e vontade de a tudo dominar "YALDABAOTH!!!" ...E a tempestade cessou |
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39:35 |
O Mito das Duas Árvores
Album versions
Release date | Label | Catalog ID | Format | Description |
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February 1st, 2019 | Independent | Digital | Bandcamp | |
May 29th, 2019 | Unholy War Productions | UWPD - 037 | Cassette | Limited edition |
Members | |
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XII.XIX.XII | All instruments, Vocals |
XXIII.IV.IV | Lyrics |
Tracks | |||
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1. | O Coração das Trevas | 10:53 | Show lyrics |
O Coração das Trevas As águas acalmaram, a tempestade cessou A escuridão é absoluta, mas algo se move abaixo de si. Sophia criou a luz, e no fundo do poço, também deu à luz Ela está maravilhada, o medo acabou, a determinação aumentou Na queda, ela emanou sem sizígia, sem par, sem macho. Ela criou do nada, tal qual Monade, e a ele se tornou igual EU SOU A PRIMEIRA E A ÚLTIMA! Ela sabe, tornou-se deus, o absoluto nesse novo lugar Um novo barulho nas águas, alguém se move abaixo de si, Ela chama, “passe perto de mim rapaz” Espirais formam-se nas trevosas águas do caos. O ar é úmido, o clima é quente, o som do movimento cresce. É seu filho, sem marido, sem consorte, somente dela NÃO ESTOU SÓ! E a criatura se eleva diante de Sophia, sua máxima realização. Barbelo ficou para trás, este será mais importante. A luz não é nada comparada à escuridão que a envolve, Dele, seu filho, um regente ela fará, O novo pleroma que ela criará, um novo reino surgirá No coração das trevas VENHA YALDABAOTH! Cabeça de Leão, corpo de serpente, Escamas e juba, coroa e realeza. Resplandecente como a primeira aurora Yaldabaoth saiu das águas do caos diante de sua mãe mas, aos abrir os olhos, ninguém viu, ouviu ou sentiu Eu sou, mas estou só, disse triste e com medo NO CORAÇÃO DAS TREVAS |
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2. | Gematria I | 10:27 | Show lyrics |
GEMATRIA I Sophia olhou uma última vez sua cria, Entendeu, no fundo do poço, o absoluto segredo. Agora podia atingir seu objetivo: Tornar-se a imagem e semelhança de Monade. Abandonando Yaldabaoth, ascendeu no Espaço. Ela seria a estrutura do novo mundo A carne, o sangue, a palavra e a pronúncia O calor e o frio, a matéria e o espírito Elevando-se do abismo, Sophia contemplou Barbelo Sua filha-mãe, a parte feminina de Monade Viu a sua luz brilhar no escuro absoluto Enquanto se preparava para a transmutação. O mistério do infinito está na permuta de finitos signos formando incontáveis conjuntos Está na eterna repetição dos padrões, com pequenas alterações No som da fala, que encontra na palavra, sua realização. Sophia fez Yaldabaoth gritando de medo, Em seu desespero por controle, Surgir das águas do caos, Por meio da palavra e sua pronúncia. O verbo pode fazer carne, luz e sombra Tudo o que Sophia precisa é revelar a substância de seu corpo, de seu ser, e com ele Formar as peças para construir o plano material. Esse seria seu presente a seu filho Yaldabaoth Letras e seus sons, para que o regente formasse o mundo Cada signo combinado, quando chamado, trazia a luz um novo ser ou objeto da escuridão. |
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3. | Gematria II | 10:29 | Show lyrics |
GEMATRIA II Sophia se fragmentou e de seu corpo uma árvore cósmica nasceu. As raízes tocando o fundo do abismo E a copa o halo de luz de Barbelo. Cada parte tornou-se uma esfera um número, uma potência, um agente somando no total dez contagens, dez sephiroth. A copa da árvore derivou da cabeça de Sophia formou o mundo do pensamento somando três esferas Kether, a coroa, foi a primeira sephirah O ponto primordial e a altura imensurável De onde surgiu Chochmah, a sabedoria, a segunda, potência masculina e sua contraparte feminina, o entendimento, Binah, a terceira sephirah. Os galhos da árvore formaram o mundo da alma Originaram-se dos braços e peito de Sophia Entre as três esferas estavam a quinta sephirah Chesed, Chamada misericórdia ou a grandeza, A sexta sephirah Gewurah, a justiça ou o poder E da combinação de ambas Tiphereth, a Beleza, a sétima sephirah. O tronco da árvore formou o mundo da corporeidade Nasceu do ventre, das pernas e pés de Sophia Formada por mais três agentes, a contar por Netzach Triunfo ou vitória, a oitava sephirah e as seguintes, Hod e Yesod, Glória e Fundamento A nona e a décima sephiroth. As raízes da árvore formaram a síntese dos mundos. Derivou da sombra da silhueta de Sophia A soma da atividade permanente e imanente de todas as outras sephiroth, o Mundo, Malkuth Por fim, das veias e artérias de Sophia, Surgiram as vinte duas letras, os vinte dois caminhos Por onde pode-se subir e descer da Árvore da Vida. |
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4. | Pronoia | 09:47 | Show lyrics |
PRONOIA Nem viu a árvore cósmica dela nascer se estendendo das águas do caos até a bela morada de Barbelo. Sozinho na escuridão tinha medo, chorava de dor, de fome e de frio. Mal nasceu já temia deixar de existir. A infantil serpente leonina, porém no fundo do desespero e da solidão, viu uma figura luminosa na praia das águas levantar, era uma mulher montada sobre uma besta púrpura com os seios à mostra, bebia de um cálice prateado, embriagava-se com a seiva da árvore da vida, vestida de escarlate, usava ouro e joias. A besta tinha sete cabeças e dez chifres. Sobre seus chifres dez diademas e sobre os diademas, nomes misteriosos. Era semelhante a um leopardo, seus pés como de um urso, sua boca era como de um leão, mas a mulher escarlate, a este poderoso ser, pelo amor, tinha domado. "Chamai-me Pronoia, estou dentro de ti" Disse a mulher para Yaldabaoth. "Bebi dos segredos da luz e da sombra" "Os compreendo e sei a linguagem sagrada usar," "Gematria é chamada e ela, a você, irei ensinar" "Se me aceitar como sua sizígia, sua metade" "Sua parte feminina, sua grande rainha". "Você nasceu para comandar Yaldabaoth" "Mas apenas sobre tudo o que criar" "Será pai de todos os seres que desenhar" "E o dono da própria casa que edificar" "Os seus filhos lhe chamarão deus" "Poderes absolutos sobre eles terá" "Futuro patriarca, a ti chamarei Demiurgo". |
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5. | Goetia I | 10:45 | Show lyrics |
GOETIA I Yaldabaoth desposou a mulher escarlate e embriagaram-se com a seiva da árvore da vida. Ao pé de seu tronco, juntos adormeceram com sonhos lascivos de controle e poder. Assim as sephiroth caíram à terra, tomando forma de conchas vazias em uma quiral posição, fazendo dos galhos, raízes penetrando fundo na lama do caos. Para cada sephirah, colocado em uma ordem material, surgiu um anti-polo, assumindo um nome misterioso. Governada por um demônio odiento e severo, nasceu, dessa forma, a árvore inversa, a árvore desviante, a árvore opositora, a árvore satânica. Se a primeira dava a vida, a segunda levava à morte. A ordem ideal passou a ser alimentada pelo caos literal. No lugar da coroa suprema inteligência de Kether surgiu a qliphah Thamiel, governada pela dupla cabeça Moloch-Satã, a revolta e a anarquia, a guerra perpétua; No lugar da sabedoria de Chochmah, surgiu a qliphah Chaigidiel, governada pelo senhor das moscas Beelzebub, a aparência ilusória. No lugar do entendimento de Binah, surgiu a qliphah Satariel, a absurdidade e a mistificação, governada por Lucifuge, a ignorância. No lugar da bondade divina de Chesed surgiu a qliphah Gamchicoth, governada por Ashtaroth, a rainha da orgia sem limites. Em lugar da justiça de Gewurah surgiu a qliphah Galab, governada pelo senhor do ódio Asmodeus. Em lugar do ideal de beleza de Tiphereth surgiu a qliphah Tagaririm, governada pelo bestial demônio Belphegor, o lorde da fome insaciável e da preguiça paralisante. No lugar da vitória de Netzach surgiu a qliphah Hareb-Serapel, governada por Baal, o senhor dos corvos da morte e da carnificina. No lugar da ordem eterna de Hod surgiu a qliphah Samael, onde vive Leviathan, o mostro marinho das águas do caos. No lugar do casamento celeste de Yesod surgiu a qliphah Gamaliel, governada pela rainha da depravação Lilith, e rente à superfície, onde se definia a divisão entre céu e terra. Em convergência com a síntese da árvore da vida espelhada em Malkuth, surgiu a qliphah mais inferior, síntese de todo o mal e caos das outras, seu nome era Nahemo, governada pelo demônio Nahema. Nela surgiram emanações de seres amaldiçoados, aprisionando a luz em formas toscas feitas com a amaldiçoada lama do caos: os atacantes Amalequitas, os violentos Geburins, os covardes Rafains os depravados Nefilins e os anarquistas Anakins. |
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6. | Goetia II | 08:01 | Show lyrics |
GOETIA II Não serviam a deuses e nem a reis; Sem respeito ou deferência a crença alguma; Não dobravam os joelhos a nenhuma coroa; Fidelidade ou felonia não eram palavras empregadas; Faziam tudo o que queriam, pois essa era a única lei; A liberdade que colocava por terra toda a autoridade; Assim sempre foram os goécios desde o nascimento do qliphoth. Setenta e dois espíritos do caos e da desobediência, Criativos e irreverentes, trabalhadores fortes e fecundos; Em livre associação saíram da fresta em Malkuth e Nahemo; Originados daqueles que fizeram seus tronos sob cada qliphah Personificações de suas forças e características principais; Com uivos de prazer, organizaram-se entre risos e insultos Conferindo a si próprios títulos nobreza em deboche à hierarquia. Baal, Agares, Vassago, Samigina, Marbas, Valefor e Amon; Barbatos, Paimon, Buer, Gusion, Sitri, Beleth e Leraire; Aligos, Zepar, Botis, Bathin, Saleos, Purson e Marax; Ipos, Aym, Neberius, Glasya-Labolas, Bune, Ronove e Berith; Astarte, Forneus, Foras, Asmoday, Gaap, Furtur e Machosias; Stolas, Phenex, Halphas, Malphas, Raum, Focalor e Vespar; Sabnock, Shax, Vine, Bifrons, Vual, Hagenti e Crocell; Furcas, Balam, Alloces, Camio, Murmur e Orobas; Gremory, Ose, Amy, Orias, Vapula, Zagan e Valac; Andras, Haures, Andrealphus, Cimejes e Amdusias; Beliel, Decarabia, Seere, Dantalion e Adromalius. Quando Yaldabaoth acordou de seu sono sob a árvore cósmica, deitado sobre a mulher escarlate, ainda deliciosamente embriagado os Goécios já haviam moldado da lama do caos suas incontáveis legiões. "Quem lhes deu tal ordem?" - Trovejou Yaldabaoth. "Por acaso não sabem quem é o verdadeiro rei deste plano?" "Rei?" - riram os goécios. "Não votamos em ti para tal honra" "Nem deus, nem patrão!" - gritaram enquanto lhe viravam as costas "Leão desdentado, cobra murcha, volta para a racha de sua puta" Assim os goécios cantavam, enquanto, o mundo, criavam, separando céus e terra. Yaldabaoth sentiu ódio pela primeira vez, jurando a estes demônios derrotar. Assim começou a luta entre liberdade criativa e autoridade opressora pelo controle da criação... |
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01:00:22 |
Remphan
Album versions
Release date | Label | Catalog ID | Format | Description |
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February 1st, 2020 | Unholy War Productions | UWPD - 044 | Cassette | |
February 1st, 2020 | Independent | Digital | Bandcamp |
Members | |
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XII.XIX.XII | All instruments, Vocals |
XXIII.IV.IV | Lyrics |
Tracks | |||
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Side A | |||
1. | Aleph | 02:23 | instrumental |
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2. | Gênesis Segundo a Goétia | 16:04 | Show lyrics |
Se o mundo é profano e o que torna sacro é dele se separar. A natureza não é obra de Deus, mas das legiões de demônios. Não por que seja imperfeita, sombria, cruel ou maligna, Mas por ser antes de tudo cooperação e trabalho coletivo. Não foi uma só voz que gritou para o céu se separar da terra, Mas um coro festivo de vozes dissonantes ensaiando juntas. A harmonia é apenas a ilusão de ver no caos algum sentido. A Goétia pouco depois de surgir dedicou-se à criação por prazer No fluída limiar que separava a árvore da vida e da morte. Indiferente à Yaldabaoth e seus protestos de que era rei daquele lugar. Apenas diziam, “ninguém é de ninguém e faça o que quiseres”, essa é a lei. Colocaram a mão na lama primordial e beberam a água fria do abismo, Comeram os frutos da Sephiroth e as raízes da Qliphoth Tomaram posse daquilo que lhes satisfazia o estômago e a fantasia. Separaram o céu da terra porque acharam que assim ficaria melhor. Colocando, não sem bagunça e briga, um firmamento entre eles: Se a luz se ascendeu foi porque ali na Goétia brilhava Sophia, A sabedoria tornava-se ação orientada para recriar infinitamente. O propósito de Monade se realizava nos aeons mais materiais, Mas também a luz se apagava, marcando recesso da escuridão, Pois mesmo os demônios precisavam dormir e sonhar. Cansados de estar sempre molhados, a Goétia criou os rios e mares. Formando a terra seca para os sabás e orgias de amor coletivo, Das sementes derramadas, as plantas e árvores nasceram Para marcar suas intermináveis festas e comemorações. Uns fizeram a Lua para marcar o reino das trevas, e o Sol o da luz. Debochando uns dos outros, fizeram réplicas de seus desafetos. As feras das águas, do ar e da terra que se sucediam na cadeia alimentar. Mas a melhor ideia veio quando Yaldabaoth cobrou da criatividade coletiva Uma autorização para existir que apenas a serpente leonina podia dar. Primeiro a nascer, dizia-se senhor de tudo o que havia e não havia. “Criador da Goétia, senhor das árvores da vida e da morte”. Porque uma voz havia dito isso para ele quando surgiu. Não criava nada, nem se dava ao trabalho de fazer algo importante, mas se apropriava mesmo assim, não por prazer, mas por inveja. A Goétia decidiu em Yaldabaoth pregar uma peça para humildade ensinar. Fazer uma criatura para dele zombar, a sua imagem e semelhança, Mas com melhor humor, aberto aos prazeres, criativo e livre. Sua força seria a mesma da Goétia: formar legiões e o mundo mudar Conforme sua vontade e seu capricho, por meio do trabalho e do sexo. Essa tarefa exigiria organização e divisão das atividades entre os demônios. A maior de todas as obras foi planejada e desenhada num grande sabá. |
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3. | Os Filhos da Serpente | 11:05 | Show lyrics |
No começo do grande sabá, a Goétia toda compareceu. Escolheram uma região entre quatro rios chamada Éden. Não foram até lá apreciar sua criação, descansar e celebrar, Mas continuar o processo iniciado por Monade. Na formação do Pleroma; trazido para o mundo da matéria Com a queda de Sophia; o nascimento Árvore da Vida e da Morte Com a coroação de Yaldabaoth e seu casamento com Pronoia. “Chegou à manhã do sétimo dia” - disseram eles. “Yaldabaoth se revolta contra nós, Deseja em seu coração tudo possuir, Ignora completamente o projeto de Monade. Não entende que os aeons são desapego, Não sabe quem é a própria mãe Sophia, Não ama sua esposa-sizígia Pronoia e a inveja.” “Nós emanamos de Pronoia e Yaldabaoth. Ele é nosso pai mas nos odeia, Não aceita que somos livres. Não quer permitir nossas criações, Quer tirar nossa independência, Fazer desse plano recém-nascido seu brinquedo, Mas seguiremos nosso curso queira ele ou não!” “Apanhemos nós essas duas serpentes Que residem na Árvore da Vida e da Morte. A branca e fêmea que está enrolada no tronco em Malkuth. A negra e macho fez sua toca entre as raízes em Nahemo. Faremos com ambas uma nova criação, Transformaremos sua carne e escamas, Forjando-a com os cinco elementos, na forma do pentagrama.” “Daremos a esta nova espécie o nome de humanos. Terão todos os nossos poderes, imagem e semelhança, Serão sempre Legião porque serão muitos, Serão fecundos e se multiplicarão. Mostraremos a Yaldabaoth que o superamos. Criamos este mundo e seus futuros deuses Que um dia emanarão o próximo Aeon!” |
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Side B | |||
4. | Lemegeton | 13:48 | Show lyrics |
No Éden onde céus e terra se encontravam e os rios se juntavam O primeiro casal humano andava pelo jardim das delícias Feitos da carne e das escamas das serpentes Modelados com os cinco elementos como se barro fosse A técnica e o conhecimento da Goétia combinada Emanara um novo Aeon para continuar a criação Por meio destes que chamaram Adão e Eva. Lilith fizera nascer uma árvore e dela colheu um fruto Tornou-se a si mesma em cobra e a ofereceu a Eva O fruto despertou o primeiro prazer sensual sobre a terra O homem sucedeu à terra, a mulher sucedeu ao homem A reprodução sucedeu ao casamento, a morte à reprodução Os humanos seriam mais numerosos que todas as estrelas do céu Seus números superariam o poder singular de Yaldabaoth. A Goétia colocou todo seu saber na segunda árvore Cada príncipe, duque, marques, conde e pequeno demônio Uma por uma das legiões, todo o seu saber concentrou No fruto amargo do saber sobre a vida e o mundo O ensinamento para a continuidade permanente da criação Baal disse aos humanos – comam o fruto do conhecimento de Sophia Sabendo sobre o bem e o mal, cairão do Éden e começarão sua história. Yaldabaoth manifestou-se e tomou o fruto da árvore antes de Adão Ao devorá-lo, adquiriu ciência sobre a real natureza da Goétia Manifestações abstratas, eram mais ideias do que carne Geometria e matemática, símbolos e escrita Ao serem desenhados corretamente, os sigilos os encerravam Ao serem devidamente convocados, eram forçados a obedecer Na noite do sétimo dia, toda a Goétia os joelhos dobrou. Yaldabaoth fez surgir um trono e nele se sentou Ao som de sua voz de trovão Pronoia compareceu A mulher escarlate o fruto da árvore também provou E ambos descansaram, o controle sobre o mundo foi retomado No dia seguinte, usando a coleção dos sigilos que a Goétia aprisionou Novas divindades obedientes seriam criadas e leis formuladas E os humanos e seus filhos convertidos numa raça de escravos. |
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5. | Hierarquia Demiúrgica | 12:35 | Show lyrics |
Yaldabaoth derrotou a Goétia Colocou os demônios de joelhos Ordenou que construíssem 7 céus Cada qual para seus novos arcontes Andróginos, masculino e feminino De onde vigiariam o mundo Impondo a vontade do demiurgo. O primeiro céu foi dado para Yao, a Autoridade O segundo céu foi dado para Sabbaoth, a Divindade O terceiro céu foi dado para Adonaios, a Realeza O quarto céu foi dado para Eliaios, a Inveja O quinto céu foi para Horaios, a Riqueza O sexto céu foi para Astaphaios, a Sabedoria O sétimo céu foi para o próprio Yaldabaoth, a Criação. O acesso à árvore da vida e da morte foi proibida E para guardar as Sephiroth e as Qliphoth Foram criados falsos deuses, ídolos do pó e do barro Animados pelos poderes destas esferas. Regendo Malkuth e Nehemo, o pavão Adramelech Regendo Yesod e Gamaliel, o falo Nisroch Regendo Netzach e Harab Serapel, o galo Nergal Regendo Hod e Samael, a galinha Succoth Benoth Regendo Tiphereth e Tagaririm, o cavalo Anameleth Regendo Chesed e Gamchicoth, o bode azima Regendo Gewurah e Galab, a pedra Marcolis Regendo Chochmah e Chaigidel, o cão Nibas Regendo Binah e Satariel, o asno Thartae Regendo Kether e Thamiel, a estrela flamejante Remphan Para Remphan o demiurgo Yaldabaoth confiou servidores Criados à imagem e semelhança da Goétia Mas estes eram vazios de vontade e propósito Mensageiros veículos da hierarquia e da ordem Olhos, braços e pernas dos deuses e arcontes. Serafins, querubins, tronos, dominações, Virtudes, potestades, principados, arcanjos e anjos. Colocar a humanidade em grilhões Era a tarefa de Remphan e da hierarquia do demiurgo Pois estes eram seres que Yaldabaoth temia e desprezava. A Goétia tinha preparado para eles o caminho Enquanto criadores do próximo aeon. O mundo deveria perpetuamente adorar Yaldabaoth Em contemplação, inação e temor por toda a eternidade. |
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55:55 |
A Queda de Sophia
Members | |
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XII.XIX.XII | All instruments, Vocals |
XXIII.IV.IV | Lyrics |
Tracks | |||
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Side A | |||
1. | Néa Ekkínesi | 01:25 | instrumental |
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2. | O Pleroma | 14:33 | Show lyrics |
Yaldabaoth - O Pleroma Não existia nem o tempo, nem o espaço Tão pouco mundo, matéria ou terra O caos não havia se formado, As águas geladas ainda não tinham jorrado Para fora do abismo Fluíam no vazio, por toda a eternidade Os sete perpétuos, os sete seres celestes os sete primeiros Aeons O Primeiro era Mônade, o Uno, Bythus, o profundo, o pai severo e inefável, Aiōn teleos, o absoluto e perfeito Proarchē, surgido antes do princípio Hē Archē, o ponto inicial de tudo o que existe Em silêncio, contemplou Ennoia, a Idéia, O reflexo feminino de si mesmo, por eras sem fim E viu que a dualidade era boa Dele emanou o segundo Aeon Duad, Irmão e Irmã, nasceram juntos Nous, a mente, e sua Sizígia Alethea, a Verdade O primeiro par, a primeira polaridade Formavam com Bythus o triangulo que tudo vê A potencialidade do espírito A Duad emanou o terceiro aeon Tetraktys, Quartenária, Dois pares O Logos e Antrôpos, a palavra e o Homem, machos eram Zôe e Ekklesia, a vida e a assembleia, Suas sizígias os completam Ligados, o quadrado sólido formavam a potencialidade da matéria Os sete perpétuos, os sete primeiros Aeons Entidades poderosas eram Controlavam o plano ideal do espírito e muitas criações engendraram Cada filho, cada emanação, porém, decaiam em sua divindade Mais materiais e mais imperfeitos se tornavam A tetraktys lançou mais dois Aeons Dez perpétuos menores surgiram de Logos e Zoe Bythios, Ageratos, Autophuês, Akinêtos e Monogênes eram machos E as sizígias Mixis, Henosis, Hêdonê, Synkrasis e Makária Formavam os dois grandes pentagramas, Apontando para cima e para baixo O Decágono estrelado, sagrado e profano. Outros Doze emanaram de Antropos e Ekklesia Parakletos, Patrikos, Mêtrikos, Ainos, Ekklêsiastikos e Thelêtos E as sizígias Pistis, Elpis, Agapê, Synesis, Makariotes e Sophia Formavam dois hexagramas, o Dodecágono total Compondo a mais baixa ordem espiritual Os mais distantes do ser primeiro. Todos juntos formavam o todo, a plenitude, O Ser supremo, autogerado, mãe e pai de si próprio o Criador dos Deuses e Tronos Anjos e Arcanjos, Querubins e Serafins Potestades e Demônios, duques e marqueses Mensageiros e espíritos, Homens e Mulheres Geometria perfeita, abstração pura, Luz que queima e consome, cujas centelhas deram início a todo o movimento da criação. |
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3. | I Apokálypsi Barbelo | 11:08 | Show lyrics |
Após ter-se completado a natureza dos imortais A partir da natureza do infinito, seu conjunto O Pleroma, geometria perfeita e ideal Iniciou seu movimento fatal. Na mente do primeiro Aeon Monade, O ponto inicial e profundo Ennoia se impunha Queria separar-se, dividir a unidade E, esquizofrênico, o ProArche tornou Uma visão dividida e contraditória Mas estranhamente complementar. Ennoia desejava ser a contraparte real Senhora de seu próprio domínio Não ideal, mas decaído e material A mãe suprema de suas criações Tal qual Monade foi pai dos sete Aeons Apenas por ela inspirado. Para tal intento, uma forma física necessitava Completando assim o desejo secreto de Monade Não apenas o de ter uma sizígia, uma consorte Mas fazer a sua própria unidade uma pluralidade. Em seu plano diabólico, Ennoia a Sophia seduziu O menor e mais material de todos os Aeons A aresta mais baixa do dodecágono final A última criada, a mais distante de Monade Sabedoria, porém, era seu nome secreto Nela ocultava-se o conhecimento certo. Para a criação da matéria, Da luz e da sombra A chave para a criação do mundo real Do universo, do tempo e do espaço. Ennoia em Sophia infundiu O desejo de recriar, próxima de si, o primeiro ser Monâde, o pai inefável, para ela tão distante Pois a vontade de Sophia era ascender Novamente à unidade original. A saudade da energia primordial, Fez que Sophia cria-se diante de si Uma magnífica imagem celestial De incompreensível grandeza Para imagem final, não havia referencial Para o novo pai artificial Que sua própria semelhança A forma foi criada fêmea, E logo possuída por Ennoia, Que se transmigrou de Monade Instalando uma grande convulsão A luz surgiu em magnifica profusão Em toda a extensão do novo Aeon Localizado em lugar intermediário Entre o plano celeste imortal do Pleroma E o vazio onde cresceriam as criações Da nova mãe cósmica Barbelo. |
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Side B | |||
4. | Antanáklasi Kosmikó | 03:14 | instrumental |
(loading lyrics...) | |||
5. | O Abismo | 09:15 | Show lyrics |
O Abismo Assim brilhou a primeira luz no espaço vazio Diante do pleroma indiferente Em seu etéreo desprezo por toda a contradição Menos Sophia, que olhava alarmada a chama que criou Não pela beleza daquela que chamava a si própria de Barbelo Mas pela crescente sombra que inundava todas as direções Projetada pela luz intermitente e lentamente a abraçando Com um denso véu de escuridão. Como uma pedra arremessada no lago calmo A luz fazia o vazio sacudir-se em ondas de trevas Nos recantos do espaço profundo, uma tempestade rugia O Caos conflituoso e violento emergia Sophia virou as costas para sua filha-mãe Barbelo Atraída pelo abismo que se abria Também por ela criado, parte da mesma obra. Medo e vergonha tomaram Sophia Não era possível que tivesse criado tal abominação Barbelo decidiu lhe falar pela primeira e última vez: “o Segredo de Monade está no fundo da escuridão Não tenha receio minha mãe-filha” Sophia sorriu para si mesma, tomou coragem Saiu de perto de Barbelo e jogou-se no Abismo Mergulhando nas águas geladas do Caos. No escuro completo, sentiu sua presença se apagando Sua consciência se diluindo, seu ser se extinguindo Seu corpo se dissolvendo, sua vontade se quebrando Medo, lágrimas e ranger de dentes, o gosto da morte na boca Com a ira de ser traída e sacrificada pelo Pleroma Sophia gritou, com ódio e vontade de a tudo dominar "YALDABAOTH!!!" ...E a tempestade cessou |
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39:35 |
A Queda de Sophia
Members | |
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Original line-up | |
Band members | |
XII.XIX.XII | All instruments, Vocals |
XXIII.IV.IV | Lyrics |
Tracks | |||
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1. | Néa Ekkínesi | 01:24 | instrumental |
(loading lyrics...) | |||
2. | O Pleroma | 14:33 | Show lyrics |
Yaldabaoth - O Pleroma Não existia nem o tempo, nem o espaço Tão pouco mundo, matéria ou terra O caos não havia se formado, As águas geladas ainda não tinham jorrado Para fora do abismo Fluíam no vazio, por toda a eternidade Os sete perpétuos, os sete seres celestes os sete primeiros Aeons O Primeiro era Mônade, o Uno, Bythus, o profundo, o pai severo e inefável, Aiōn teleos, o absoluto e perfeito Proarchē, surgido antes do princípio Hē Archē, o ponto inicial de tudo o que existe Em silêncio, contemplou Ennoia, a Idéia, O reflexo feminino de si mesmo, por eras sem fim E viu que a dualidade era boa Dele emanou o segundo Aeon Duad, Irmão e Irmã, nasceram juntos Nous, a mente, e sua Sizígia Alethea, a Verdade O primeiro par, a primeira polaridade Formavam com Bythus o triangulo que tudo vê A potencialidade do espírito A Duad emanou o terceiro aeon Tetraktys, Quartenária, Dois pares O Logos e Antrôpos, a palavra e o Homem, machos eram Zôe e Ekklesia, a vida e a assembleia, Suas sizígias os completam Ligados, o quadrado sólido formavam a potencialidade da matéria Os sete perpétuos, os sete primeiros Aeons Entidades poderosas eram Controlavam o plano ideal do espírito e muitas criações engendraram Cada filho, cada emanação, porém, decaiam em sua divindade Mais materiais e mais imperfeitos se tornavam A tetraktys lançou mais dois Aeons Dez perpétuos menores surgiram de Logos e Zoe Bythios, Ageratos, Autophuês, Akinêtos e Monogênes eram machos E as sizígias Mixis, Henosis, Hêdonê, Synkrasis e Makária Formavam os dois grandes pentagramas, Apontando para cima e para baixo O Decágono estrelado, sagrado e profano. Outros Doze emanaram de Antropos e Ekklesia Parakletos, Patrikos, Mêtrikos, Ainos, Ekklêsiastikos e Thelêtos E as sizígias Pistis, Elpis, Agapê, Synesis, Makariotes e Sophia Formavam dois hexagramas, o Dodecágono total Compondo a mais baixa ordem espiritual Os mais distantes do ser primeiro. Todos juntos formavam o todo, a plenitude, O Ser supremo, autogerado, mãe e pai de si próprio o Criador dos Deuses e Tronos Anjos e Arcanjos, Querubins e Serafins Potestades e Demônios, duques e marqueses Mensageiros e espíritos, Homens e Mulheres Geometria perfeita, abstração pura, Luz que queima e consome, cujas centelhas deram início a todo o movimento da criação. |
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3. | I Apokálypsi Barbelo | 11:08 | Show lyrics |
Após ter-se completado a natureza dos imortais A partir da natureza do infinito, seu conjunto O Pleroma, geometria perfeita e ideal Iniciou seu movimento fatal. Na mente do primeiro Aeon Monade, O ponto inicial e profundo Ennoia se impunha Queria separar-se, dividir a unidade E, esquizofrênico, o ProArche tornou Uma visão dividida e contraditória Mas estranhamente complementar. Ennoia desejava ser a contraparte real Senhora de seu próprio domínio Não ideal, mas decaído e material A mãe suprema de suas criações Tal qual Monade foi pai dos sete Aeons Apenas por ela inspirado. Para tal intento, uma forma física necessitava Completando assim o desejo secreto de Monade Não apenas o de ter uma sizígia, uma consorte Mas fazer a sua própria unidade uma pluralidade. Em seu plano diabólico, Ennoia a Sophia seduziu O menor e mais material de todos os Aeons A aresta mais baixa do dodecágono final A última criada, a mais distante de Monade Sabedoria, porém, era seu nome secreto Nela ocultava-se o conhecimento certo. Para a criação da matéria, Da luz e da sombra A chave para a criação do mundo real Do universo, do tempo e do espaço. Ennoia em Sophia infundiu O desejo de recriar, próxima de si, o primeiro ser Monâde, o pai inefável, para ela tão distante Pois a vontade de Sophia era ascender Novamente à unidade original. A saudade da energia primordial, Fez que Sophia cria-se diante de si Uma magnífica imagem celestial De incompreensível grandeza Para imagem final, não havia referencial Para o novo pai artificial Que sua própria semelhança A forma foi criada fêmea, E logo possuída por Ennoia, Que se transmigrou de Monade Instalando uma grande convulsão A luz surgiu em magnifica profusão Em toda a extensão do novo Aeon Localizado em lugar intermediário Entre o plano celeste imortal do Pleroma E o vazio onde cresceriam as criações Da nova mãe cósmica Barbelo. |
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4. | Antanáklasi Kosmikó | 03:07 | instrumental |
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5. | O Abismo | 09:09 | Show lyrics |
O Abismo Assim brilhou a primeira luz no espaço vazio Diante do pleroma indiferente Em seu etéreo desprezo por toda a contradição Menos Sophia, que olhava alarmada a chama que criou Não pela beleza daquela que chamava a si própria de Barbelo Mas pela crescente sombra que inundava todas as direções Projetada pela luz intermitente e lentamente a abraçando Com um denso véu de escuridão. Como uma pedra arremessada no lago calmo A luz fazia o vazio sacudir-se em ondas de trevas Nos recantos do espaço profundo, uma tempestade rugia O Caos conflituoso e violento emergia Sophia virou as costas para sua filha-mãe Barbelo Atraída pelo abismo que se abria Também por ela criado, parte da mesma obra. Medo e vergonha tomaram Sophia Não era possível que tivesse criado tal abominação Barbelo decidiu lhe falar pela primeira e última vez: “o Segredo de Monade está no fundo da escuridão Não tenha receio minha mãe-filha” Sophia sorriu para si mesma, tomou coragem Saiu de perto de Barbelo e jogou-se no Abismo Mergulhando nas águas geladas do Caos. No escuro completo, sentiu sua presença se apagando Sua consciência se diluindo, seu ser se extinguindo Seu corpo se dissolvendo, sua vontade se quebrando Medo, lágrimas e ranger de dentes, o gosto da morte na boca Com a ira de ser traída e sacrificada pelo Pleroma Sophia gritou, com ódio e vontade de a tudo dominar "YALDABAOTH!!!" ...E a tempestade cessou |
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39:21 |
A Queda de Sophia
Members | |
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Original line-up | |
Band members | |
XII.XIX.XII | All instruments, Vocals |
XXIII.IV.IV | Lyrics |
Tracks | |||
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Side A | |||
1. | Néa Ekkínesi | 01:25 | instrumental |
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2. | O Pleroma | 14:33 | Show lyrics |
Yaldabaoth - O Pleroma Não existia nem o tempo, nem o espaço Tão pouco mundo, matéria ou terra O caos não havia se formado, As águas geladas ainda não tinham jorrado Para fora do abismo Fluíam no vazio, por toda a eternidade Os sete perpétuos, os sete seres celestes os sete primeiros Aeons O Primeiro era Mônade, o Uno, Bythus, o profundo, o pai severo e inefável, Aiōn teleos, o absoluto e perfeito Proarchē, surgido antes do princípio Hē Archē, o ponto inicial de tudo o que existe Em silêncio, contemplou Ennoia, a Idéia, O reflexo feminino de si mesmo, por eras sem fim E viu que a dualidade era boa Dele emanou o segundo Aeon Duad, Irmão e Irmã, nasceram juntos Nous, a mente, e sua Sizígia Alethea, a Verdade O primeiro par, a primeira polaridade Formavam com Bythus o triangulo que tudo vê A potencialidade do espírito A Duad emanou o terceiro aeon Tetraktys, Quartenária, Dois pares O Logos e Antrôpos, a palavra e o Homem, machos eram Zôe e Ekklesia, a vida e a assembleia, Suas sizígias os completam Ligados, o quadrado sólido formavam a potencialidade da matéria Os sete perpétuos, os sete primeiros Aeons Entidades poderosas eram Controlavam o plano ideal do espírito e muitas criações engendraram Cada filho, cada emanação, porém, decaiam em sua divindade Mais materiais e mais imperfeitos se tornavam A tetraktys lançou mais dois Aeons Dez perpétuos menores surgiram de Logos e Zoe Bythios, Ageratos, Autophuês, Akinêtos e Monogênes eram machos E as sizígias Mixis, Henosis, Hêdonê, Synkrasis e Makária Formavam os dois grandes pentagramas, Apontando para cima e para baixo O Decágono estrelado, sagrado e profano. Outros Doze emanaram de Antropos e Ekklesia Parakletos, Patrikos, Mêtrikos, Ainos, Ekklêsiastikos e Thelêtos E as sizígias Pistis, Elpis, Agapê, Synesis, Makariotes e Sophia Formavam dois hexagramas, o Dodecágono total Compondo a mais baixa ordem espiritual Os mais distantes do ser primeiro. Todos juntos formavam o todo, a plenitude, O Ser supremo, autogerado, mãe e pai de si próprio o Criador dos Deuses e Tronos Anjos e Arcanjos, Querubins e Serafins Potestades e Demônios, duques e marqueses Mensageiros e espíritos, Homens e Mulheres Geometria perfeita, abstração pura, Luz que queima e consome, cujas centelhas deram início a todo o movimento da criação. |
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3. | I Apokálypsi Barbelo | 11:08 | Show lyrics |
Após ter-se completado a natureza dos imortais A partir da natureza do infinito, seu conjunto O Pleroma, geometria perfeita e ideal Iniciou seu movimento fatal. Na mente do primeiro Aeon Monade, O ponto inicial e profundo Ennoia se impunha Queria separar-se, dividir a unidade E, esquizofrênico, o ProArche tornou Uma visão dividida e contraditória Mas estranhamente complementar. Ennoia desejava ser a contraparte real Senhora de seu próprio domínio Não ideal, mas decaído e material A mãe suprema de suas criações Tal qual Monade foi pai dos sete Aeons Apenas por ela inspirado. Para tal intento, uma forma física necessitava Completando assim o desejo secreto de Monade Não apenas o de ter uma sizígia, uma consorte Mas fazer a sua própria unidade uma pluralidade. Em seu plano diabólico, Ennoia a Sophia seduziu O menor e mais material de todos os Aeons A aresta mais baixa do dodecágono final A última criada, a mais distante de Monade Sabedoria, porém, era seu nome secreto Nela ocultava-se o conhecimento certo. Para a criação da matéria, Da luz e da sombra A chave para a criação do mundo real Do universo, do tempo e do espaço. Ennoia em Sophia infundiu O desejo de recriar, próxima de si, o primeiro ser Monâde, o pai inefável, para ela tão distante Pois a vontade de Sophia era ascender Novamente à unidade original. A saudade da energia primordial, Fez que Sophia cria-se diante de si Uma magnífica imagem celestial De incompreensível grandeza Para imagem final, não havia referencial Para o novo pai artificial Que sua própria semelhança A forma foi criada fêmea, E logo possuída por Ennoia, Que se transmigrou de Monade Instalando uma grande convulsão A luz surgiu em magnifica profusão Em toda a extensão do novo Aeon Localizado em lugar intermediário Entre o plano celeste imortal do Pleroma E o vazio onde cresceriam as criações Da nova mãe cósmica Barbelo. |
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Side B | |||
4. | Antanáklasi Kosmikó | 03:14 | instrumental |
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5. | O Abismo | 09:15 | Show lyrics |
O Abismo Assim brilhou a primeira luz no espaço vazio Diante do pleroma indiferente Em seu etéreo desprezo por toda a contradição Menos Sophia, que olhava alarmada a chama que criou Não pela beleza daquela que chamava a si própria de Barbelo Mas pela crescente sombra que inundava todas as direções Projetada pela luz intermitente e lentamente a abraçando Com um denso véu de escuridão. Como uma pedra arremessada no lago calmo A luz fazia o vazio sacudir-se em ondas de trevas Nos recantos do espaço profundo, uma tempestade rugia O Caos conflituoso e violento emergia Sophia virou as costas para sua filha-mãe Barbelo Atraída pelo abismo que se abria Também por ela criado, parte da mesma obra. Medo e vergonha tomaram Sophia Não era possível que tivesse criado tal abominação Barbelo decidiu lhe falar pela primeira e última vez: “o Segredo de Monade está no fundo da escuridão Não tenha receio minha mãe-filha” Sophia sorriu para si mesma, tomou coragem Saiu de perto de Barbelo e jogou-se no Abismo Mergulhando nas águas geladas do Caos. No escuro completo, sentiu sua presença se apagando Sua consciência se diluindo, seu ser se extinguindo Seu corpo se dissolvendo, sua vontade se quebrando Medo, lágrimas e ranger de dentes, o gosto da morte na boca Com a ira de ser traída e sacrificada pelo Pleroma Sophia gritou, com ódio e vontade de a tudo dominar "YALDABAOTH!!!" ...E a tempestade cessou |
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39:35 |
O Mito das Duas Árvores
Members | |
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XII.XIX.XII | All instruments, Vocals |
XXIII.IV.IV | Lyrics |
Tracks | |||
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1. | O Coração das Trevas | 10:53 | Show lyrics |
O Coração das Trevas As águas acalmaram, a tempestade cessou A escuridão é absoluta, mas algo se move abaixo de si. Sophia criou a luz, e no fundo do poço, também deu à luz Ela está maravilhada, o medo acabou, a determinação aumentou Na queda, ela emanou sem sizígia, sem par, sem macho. Ela criou do nada, tal qual Monade, e a ele se tornou igual EU SOU A PRIMEIRA E A ÚLTIMA! Ela sabe, tornou-se deus, o absoluto nesse novo lugar Um novo barulho nas águas, alguém se move abaixo de si, Ela chama, “passe perto de mim rapaz” Espirais formam-se nas trevosas águas do caos. O ar é úmido, o clima é quente, o som do movimento cresce. É seu filho, sem marido, sem consorte, somente dela NÃO ESTOU SÓ! E a criatura se eleva diante de Sophia, sua máxima realização. Barbelo ficou para trás, este será mais importante. A luz não é nada comparada à escuridão que a envolve, Dele, seu filho, um regente ela fará, O novo pleroma que ela criará, um novo reino surgirá No coração das trevas VENHA YALDABAOTH! Cabeça de Leão, corpo de serpente, Escamas e juba, coroa e realeza. Resplandecente como a primeira aurora Yaldabaoth saiu das águas do caos diante de sua mãe mas, aos abrir os olhos, ninguém viu, ouviu ou sentiu Eu sou, mas estou só, disse triste e com medo NO CORAÇÃO DAS TREVAS |
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2. | Gematria I | 10:27 | Show lyrics |
GEMATRIA I Sophia olhou uma última vez sua cria, Entendeu, no fundo do poço, o absoluto segredo. Agora podia atingir seu objetivo: Tornar-se a imagem e semelhança de Monade. Abandonando Yaldabaoth, ascendeu no Espaço. Ela seria a estrutura do novo mundo A carne, o sangue, a palavra e a pronúncia O calor e o frio, a matéria e o espírito Elevando-se do abismo, Sophia contemplou Barbelo Sua filha-mãe, a parte feminina de Monade Viu a sua luz brilhar no escuro absoluto Enquanto se preparava para a transmutação. O mistério do infinito está na permuta de finitos signos formando incontáveis conjuntos Está na eterna repetição dos padrões, com pequenas alterações No som da fala, que encontra na palavra, sua realização. Sophia fez Yaldabaoth gritando de medo, Em seu desespero por controle, Surgir das águas do caos, Por meio da palavra e sua pronúncia. O verbo pode fazer carne, luz e sombra Tudo o que Sophia precisa é revelar a substância de seu corpo, de seu ser, e com ele Formar as peças para construir o plano material. Esse seria seu presente a seu filho Yaldabaoth Letras e seus sons, para que o regente formasse o mundo Cada signo combinado, quando chamado, trazia a luz um novo ser ou objeto da escuridão. |
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3. | Gematria II | 10:29 | Show lyrics |
GEMATRIA II Sophia se fragmentou e de seu corpo uma árvore cósmica nasceu. As raízes tocando o fundo do abismo E a copa o halo de luz de Barbelo. Cada parte tornou-se uma esfera um número, uma potência, um agente somando no total dez contagens, dez sephiroth. A copa da árvore derivou da cabeça de Sophia formou o mundo do pensamento somando três esferas Kether, a coroa, foi a primeira sephirah O ponto primordial e a altura imensurável De onde surgiu Chochmah, a sabedoria, a segunda, potência masculina e sua contraparte feminina, o entendimento, Binah, a terceira sephirah. Os galhos da árvore formaram o mundo da alma Originaram-se dos braços e peito de Sophia Entre as três esferas estavam a quinta sephirah Chesed, Chamada misericórdia ou a grandeza, A sexta sephirah Gewurah, a justiça ou o poder E da combinação de ambas Tiphereth, a Beleza, a sétima sephirah. O tronco da árvore formou o mundo da corporeidade Nasceu do ventre, das pernas e pés de Sophia Formada por mais três agentes, a contar por Netzach Triunfo ou vitória, a oitava sephirah e as seguintes, Hod e Yesod, Glória e Fundamento A nona e a décima sephiroth. As raízes da árvore formaram a síntese dos mundos. Derivou da sombra da silhueta de Sophia A soma da atividade permanente e imanente de todas as outras sephiroth, o Mundo, Malkuth Por fim, das veias e artérias de Sophia, Surgiram as vinte duas letras, os vinte dois caminhos Por onde pode-se subir e descer da Árvore da Vida. |
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4. | Pronoia | 09:47 | Show lyrics |
PRONOIA Nem viu a árvore cósmica dela nascer se estendendo das águas do caos até a bela morada de Barbelo. Sozinho na escuridão tinha medo, chorava de dor, de fome e de frio. Mal nasceu já temia deixar de existir. A infantil serpente leonina, porém no fundo do desespero e da solidão, viu uma figura luminosa na praia das águas levantar, era uma mulher montada sobre uma besta púrpura com os seios à mostra, bebia de um cálice prateado, embriagava-se com a seiva da árvore da vida, vestida de escarlate, usava ouro e joias. A besta tinha sete cabeças e dez chifres. Sobre seus chifres dez diademas e sobre os diademas, nomes misteriosos. Era semelhante a um leopardo, seus pés como de um urso, sua boca era como de um leão, mas a mulher escarlate, a este poderoso ser, pelo amor, tinha domado. "Chamai-me Pronoia, estou dentro de ti" Disse a mulher para Yaldabaoth. "Bebi dos segredos da luz e da sombra" "Os compreendo e sei a linguagem sagrada usar," "Gematria é chamada e ela, a você, irei ensinar" "Se me aceitar como sua sizígia, sua metade" "Sua parte feminina, sua grande rainha". "Você nasceu para comandar Yaldabaoth" "Mas apenas sobre tudo o que criar" "Será pai de todos os seres que desenhar" "E o dono da própria casa que edificar" "Os seus filhos lhe chamarão deus" "Poderes absolutos sobre eles terá" "Futuro patriarca, a ti chamarei Demiurgo". |
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5. | Goetia I | 10:45 | Show lyrics |
GOETIA I Yaldabaoth desposou a mulher escarlate e embriagaram-se com a seiva da árvore da vida. Ao pé de seu tronco, juntos adormeceram com sonhos lascivos de controle e poder. Assim as sephiroth caíram à terra, tomando forma de conchas vazias em uma quiral posição, fazendo dos galhos, raízes penetrando fundo na lama do caos. Para cada sephirah, colocado em uma ordem material, surgiu um anti-polo, assumindo um nome misterioso. Governada por um demônio odiento e severo, nasceu, dessa forma, a árvore inversa, a árvore desviante, a árvore opositora, a árvore satânica. Se a primeira dava a vida, a segunda levava à morte. A ordem ideal passou a ser alimentada pelo caos literal. No lugar da coroa suprema inteligência de Kether surgiu a qliphah Thamiel, governada pela dupla cabeça Moloch-Satã, a revolta e a anarquia, a guerra perpétua; No lugar da sabedoria de Chochmah, surgiu a qliphah Chaigidiel, governada pelo senhor das moscas Beelzebub, a aparência ilusória. No lugar do entendimento de Binah, surgiu a qliphah Satariel, a absurdidade e a mistificação, governada por Lucifuge, a ignorância. No lugar da bondade divina de Chesed surgiu a qliphah Gamchicoth, governada por Ashtaroth, a rainha da orgia sem limites. Em lugar da justiça de Gewurah surgiu a qliphah Galab, governada pelo senhor do ódio Asmodeus. Em lugar do ideal de beleza de Tiphereth surgiu a qliphah Tagaririm, governada pelo bestial demônio Belphegor, o lorde da fome insaciável e da preguiça paralisante. No lugar da vitória de Netzach surgiu a qliphah Hareb-Serapel, governada por Baal, o senhor dos corvos da morte e da carnificina. No lugar da ordem eterna de Hod surgiu a qliphah Samael, onde vive Leviathan, o mostro marinho das águas do caos. No lugar do casamento celeste de Yesod surgiu a qliphah Gamaliel, governada pela rainha da depravação Lilith, e rente à superfície, onde se definia a divisão entre céu e terra. Em convergência com a síntese da árvore da vida espelhada em Malkuth, surgiu a qliphah mais inferior, síntese de todo o mal e caos das outras, seu nome era Nahemo, governada pelo demônio Nahema. Nela surgiram emanações de seres amaldiçoados, aprisionando a luz em formas toscas feitas com a amaldiçoada lama do caos: os atacantes Amalequitas, os violentos Geburins, os covardes Rafains os depravados Nefilins e os anarquistas Anakins. |
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6. | Goetia II | 08:01 | Show lyrics |
GOETIA II Não serviam a deuses e nem a reis; Sem respeito ou deferência a crença alguma; Não dobravam os joelhos a nenhuma coroa; Fidelidade ou felonia não eram palavras empregadas; Faziam tudo o que queriam, pois essa era a única lei; A liberdade que colocava por terra toda a autoridade; Assim sempre foram os goécios desde o nascimento do qliphoth. Setenta e dois espíritos do caos e da desobediência, Criativos e irreverentes, trabalhadores fortes e fecundos; Em livre associação saíram da fresta em Malkuth e Nahemo; Originados daqueles que fizeram seus tronos sob cada qliphah Personificações de suas forças e características principais; Com uivos de prazer, organizaram-se entre risos e insultos Conferindo a si próprios títulos nobreza em deboche à hierarquia. Baal, Agares, Vassago, Samigina, Marbas, Valefor e Amon; Barbatos, Paimon, Buer, Gusion, Sitri, Beleth e Leraire; Aligos, Zepar, Botis, Bathin, Saleos, Purson e Marax; Ipos, Aym, Neberius, Glasya-Labolas, Bune, Ronove e Berith; Astarte, Forneus, Foras, Asmoday, Gaap, Furtur e Machosias; Stolas, Phenex, Halphas, Malphas, Raum, Focalor e Vespar; Sabnock, Shax, Vine, Bifrons, Vual, Hagenti e Crocell; Furcas, Balam, Alloces, Camio, Murmur e Orobas; Gremory, Ose, Amy, Orias, Vapula, Zagan e Valac; Andras, Haures, Andrealphus, Cimejes e Amdusias; Beliel, Decarabia, Seere, Dantalion e Adromalius. Quando Yaldabaoth acordou de seu sono sob a árvore cósmica, deitado sobre a mulher escarlate, ainda deliciosamente embriagado os Goécios já haviam moldado da lama do caos suas incontáveis legiões. "Quem lhes deu tal ordem?" - Trovejou Yaldabaoth. "Por acaso não sabem quem é o verdadeiro rei deste plano?" "Rei?" - riram os goécios. "Não votamos em ti para tal honra" "Nem deus, nem patrão!" - gritaram enquanto lhe viravam as costas "Leão desdentado, cobra murcha, volta para a racha de sua puta" Assim os goécios cantavam, enquanto, o mundo, criavam, separando céus e terra. Yaldabaoth sentiu ódio pela primeira vez, jurando a estes demônios derrotar. Assim começou a luta entre liberdade criativa e autoridade opressora pelo controle da criação... |
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01:00:22 |
O Mito das Duas Árvores
Members | |
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Original line-up | |
Band members | |
XII.XIX.XII | All instruments, Vocals |
XXIII.IV.IV | Lyrics |
Tracks | |||
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Side A | |||
1. | O Coração das Trevas | 10:53 | Show lyrics |
O Coração das Trevas As águas acalmaram, a tempestade cessou A escuridão é absoluta, mas algo se move abaixo de si. Sophia criou a luz, e no fundo do poço, também deu à luz Ela está maravilhada, o medo acabou, a determinação aumentou Na queda, ela emanou sem sizígia, sem par, sem macho. Ela criou do nada, tal qual Monade, e a ele se tornou igual EU SOU A PRIMEIRA E A ÚLTIMA! Ela sabe, tornou-se deus, o absoluto nesse novo lugar Um novo barulho nas águas, alguém se move abaixo de si, Ela chama, “passe perto de mim rapaz” Espirais formam-se nas trevosas águas do caos. O ar é úmido, o clima é quente, o som do movimento cresce. É seu filho, sem marido, sem consorte, somente dela NÃO ESTOU SÓ! E a criatura se eleva diante de Sophia, sua máxima realização. Barbelo ficou para trás, este será mais importante. A luz não é nada comparada à escuridão que a envolve, Dele, seu filho, um regente ela fará, O novo pleroma que ela criará, um novo reino surgirá No coração das trevas VENHA YALDABAOTH! Cabeça de Leão, corpo de serpente, Escamas e juba, coroa e realeza. Resplandecente como a primeira aurora Yaldabaoth saiu das águas do caos diante de sua mãe mas, aos abrir os olhos, ninguém viu, ouviu ou sentiu Eu sou, mas estou só, disse triste e com medo NO CORAÇÃO DAS TREVAS |
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2. | Gematria I | 10:27 | Show lyrics |
GEMATRIA I Sophia olhou uma última vez sua cria, Entendeu, no fundo do poço, o absoluto segredo. Agora podia atingir seu objetivo: Tornar-se a imagem e semelhança de Monade. Abandonando Yaldabaoth, ascendeu no Espaço. Ela seria a estrutura do novo mundo A carne, o sangue, a palavra e a pronúncia O calor e o frio, a matéria e o espírito Elevando-se do abismo, Sophia contemplou Barbelo Sua filha-mãe, a parte feminina de Monade Viu a sua luz brilhar no escuro absoluto Enquanto se preparava para a transmutação. O mistério do infinito está na permuta de finitos signos formando incontáveis conjuntos Está na eterna repetição dos padrões, com pequenas alterações No som da fala, que encontra na palavra, sua realização. Sophia fez Yaldabaoth gritando de medo, Em seu desespero por controle, Surgir das águas do caos, Por meio da palavra e sua pronúncia. O verbo pode fazer carne, luz e sombra Tudo o que Sophia precisa é revelar a substância de seu corpo, de seu ser, e com ele Formar as peças para construir o plano material. Esse seria seu presente a seu filho Yaldabaoth Letras e seus sons, para que o regente formasse o mundo Cada signo combinado, quando chamado, trazia a luz um novo ser ou objeto da escuridão. |
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3. | Gematria II | 10:29 | Show lyrics |
GEMATRIA II Sophia se fragmentou e de seu corpo uma árvore cósmica nasceu. As raízes tocando o fundo do abismo E a copa o halo de luz de Barbelo. Cada parte tornou-se uma esfera um número, uma potência, um agente somando no total dez contagens, dez sephiroth. A copa da árvore derivou da cabeça de Sophia formou o mundo do pensamento somando três esferas Kether, a coroa, foi a primeira sephirah O ponto primordial e a altura imensurável De onde surgiu Chochmah, a sabedoria, a segunda, potência masculina e sua contraparte feminina, o entendimento, Binah, a terceira sephirah. Os galhos da árvore formaram o mundo da alma Originaram-se dos braços e peito de Sophia Entre as três esferas estavam a quinta sephirah Chesed, Chamada misericórdia ou a grandeza, A sexta sephirah Gewurah, a justiça ou o poder E da combinação de ambas Tiphereth, a Beleza, a sétima sephirah. O tronco da árvore formou o mundo da corporeidade Nasceu do ventre, das pernas e pés de Sophia Formada por mais três agentes, a contar por Netzach Triunfo ou vitória, a oitava sephirah e as seguintes, Hod e Yesod, Glória e Fundamento A nona e a décima sephiroth. As raízes da árvore formaram a síntese dos mundos. Derivou da sombra da silhueta de Sophia A soma da atividade permanente e imanente de todas as outras sephiroth, o Mundo, Malkuth Por fim, das veias e artérias de Sophia, Surgiram as vinte duas letras, os vinte dois caminhos Por onde pode-se subir e descer da Árvore da Vida. |
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Side B | |||
4. | Pronoia | 09:47 | Show lyrics |
PRONOIA Nem viu a árvore cósmica dela nascer se estendendo das águas do caos até a bela morada de Barbelo. Sozinho na escuridão tinha medo, chorava de dor, de fome e de frio. Mal nasceu já temia deixar de existir. A infantil serpente leonina, porém no fundo do desespero e da solidão, viu uma figura luminosa na praia das águas levantar, era uma mulher montada sobre uma besta púrpura com os seios à mostra, bebia de um cálice prateado, embriagava-se com a seiva da árvore da vida, vestida de escarlate, usava ouro e joias. A besta tinha sete cabeças e dez chifres. Sobre seus chifres dez diademas e sobre os diademas, nomes misteriosos. Era semelhante a um leopardo, seus pés como de um urso, sua boca era como de um leão, mas a mulher escarlate, a este poderoso ser, pelo amor, tinha domado. "Chamai-me Pronoia, estou dentro de ti" Disse a mulher para Yaldabaoth. "Bebi dos segredos da luz e da sombra" "Os compreendo e sei a linguagem sagrada usar," "Gematria é chamada e ela, a você, irei ensinar" "Se me aceitar como sua sizígia, sua metade" "Sua parte feminina, sua grande rainha". "Você nasceu para comandar Yaldabaoth" "Mas apenas sobre tudo o que criar" "Será pai de todos os seres que desenhar" "E o dono da própria casa que edificar" "Os seus filhos lhe chamarão deus" "Poderes absolutos sobre eles terá" "Futuro patriarca, a ti chamarei Demiurgo". |
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5. | Goetia I | 10:45 | Show lyrics |
GOETIA I Yaldabaoth desposou a mulher escarlate e embriagaram-se com a seiva da árvore da vida. Ao pé de seu tronco, juntos adormeceram com sonhos lascivos de controle e poder. Assim as sephiroth caíram à terra, tomando forma de conchas vazias em uma quiral posição, fazendo dos galhos, raízes penetrando fundo na lama do caos. Para cada sephirah, colocado em uma ordem material, surgiu um anti-polo, assumindo um nome misterioso. Governada por um demônio odiento e severo, nasceu, dessa forma, a árvore inversa, a árvore desviante, a árvore opositora, a árvore satânica. Se a primeira dava a vida, a segunda levava à morte. A ordem ideal passou a ser alimentada pelo caos literal. No lugar da coroa suprema inteligência de Kether surgiu a qliphah Thamiel, governada pela dupla cabeça Moloch-Satã, a revolta e a anarquia, a guerra perpétua; No lugar da sabedoria de Chochmah, surgiu a qliphah Chaigidiel, governada pelo senhor das moscas Beelzebub, a aparência ilusória. No lugar do entendimento de Binah, surgiu a qliphah Satariel, a absurdidade e a mistificação, governada por Lucifuge, a ignorância. No lugar da bondade divina de Chesed surgiu a qliphah Gamchicoth, governada por Ashtaroth, a rainha da orgia sem limites. Em lugar da justiça de Gewurah surgiu a qliphah Galab, governada pelo senhor do ódio Asmodeus. Em lugar do ideal de beleza de Tiphereth surgiu a qliphah Tagaririm, governada pelo bestial demônio Belphegor, o lorde da fome insaciável e da preguiça paralisante. No lugar da vitória de Netzach surgiu a qliphah Hareb-Serapel, governada por Baal, o senhor dos corvos da morte e da carnificina. No lugar da ordem eterna de Hod surgiu a qliphah Samael, onde vive Leviathan, o mostro marinho das águas do caos. No lugar do casamento celeste de Yesod surgiu a qliphah Gamaliel, governada pela rainha da depravação Lilith, e rente à superfície, onde se definia a divisão entre céu e terra. Em convergência com a síntese da árvore da vida espelhada em Malkuth, surgiu a qliphah mais inferior, síntese de todo o mal e caos das outras, seu nome era Nahemo, governada pelo demônio Nahema. Nela surgiram emanações de seres amaldiçoados, aprisionando a luz em formas toscas feitas com a amaldiçoada lama do caos: os atacantes Amalequitas, os violentos Geburins, os covardes Rafains os depravados Nefilins e os anarquistas Anakins. |
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6. | Goetia II | 08:01 | Show lyrics |
GOETIA II Não serviam a deuses e nem a reis; Sem respeito ou deferência a crença alguma; Não dobravam os joelhos a nenhuma coroa; Fidelidade ou felonia não eram palavras empregadas; Faziam tudo o que queriam, pois essa era a única lei; A liberdade que colocava por terra toda a autoridade; Assim sempre foram os goécios desde o nascimento do qliphoth. Setenta e dois espíritos do caos e da desobediência, Criativos e irreverentes, trabalhadores fortes e fecundos; Em livre associação saíram da fresta em Malkuth e Nahemo; Originados daqueles que fizeram seus tronos sob cada qliphah Personificações de suas forças e características principais; Com uivos de prazer, organizaram-se entre risos e insultos Conferindo a si próprios títulos nobreza em deboche à hierarquia. Baal, Agares, Vassago, Samigina, Marbas, Valefor e Amon; Barbatos, Paimon, Buer, Gusion, Sitri, Beleth e Leraire; Aligos, Zepar, Botis, Bathin, Saleos, Purson e Marax; Ipos, Aym, Neberius, Glasya-Labolas, Bune, Ronove e Berith; Astarte, Forneus, Foras, Asmoday, Gaap, Furtur e Machosias; Stolas, Phenex, Halphas, Malphas, Raum, Focalor e Vespar; Sabnock, Shax, Vine, Bifrons, Vual, Hagenti e Crocell; Furcas, Balam, Alloces, Camio, Murmur e Orobas; Gremory, Ose, Amy, Orias, Vapula, Zagan e Valac; Andras, Haures, Andrealphus, Cimejes e Amdusias; Beliel, Decarabia, Seere, Dantalion e Adromalius. Quando Yaldabaoth acordou de seu sono sob a árvore cósmica, deitado sobre a mulher escarlate, ainda deliciosamente embriagado os Goécios já haviam moldado da lama do caos suas incontáveis legiões. "Quem lhes deu tal ordem?" - Trovejou Yaldabaoth. "Por acaso não sabem quem é o verdadeiro rei deste plano?" "Rei?" - riram os goécios. "Não votamos em ti para tal honra" "Nem deus, nem patrão!" - gritaram enquanto lhe viravam as costas "Leão desdentado, cobra murcha, volta para a racha de sua puta" Assim os goécios cantavam, enquanto, o mundo, criavam, separando céus e terra. Yaldabaoth sentiu ódio pela primeira vez, jurando a estes demônios derrotar. Assim começou a luta entre liberdade criativa e autoridade opressora pelo controle da criação... |
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01:00:22 |
Remphan
Members | |
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XII.XIX.XII | All instruments, Vocals |
XXIII.IV.IV | Lyrics |
Tracks | |||
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Side A | |||
1. | Aleph | 02:23 | instrumental |
(loading lyrics...) | |||
2. | Gênesis Segundo a Goétia | 16:04 | Show lyrics |
Se o mundo é profano e o que torna sacro é dele se separar. A natureza não é obra de Deus, mas das legiões de demônios. Não por que seja imperfeita, sombria, cruel ou maligna, Mas por ser antes de tudo cooperação e trabalho coletivo. Não foi uma só voz que gritou para o céu se separar da terra, Mas um coro festivo de vozes dissonantes ensaiando juntas. A harmonia é apenas a ilusão de ver no caos algum sentido. A Goétia pouco depois de surgir dedicou-se à criação por prazer No fluída limiar que separava a árvore da vida e da morte. Indiferente à Yaldabaoth e seus protestos de que era rei daquele lugar. Apenas diziam, “ninguém é de ninguém e faça o que quiseres”, essa é a lei. Colocaram a mão na lama primordial e beberam a água fria do abismo, Comeram os frutos da Sephiroth e as raízes da Qliphoth Tomaram posse daquilo que lhes satisfazia o estômago e a fantasia. Separaram o céu da terra porque acharam que assim ficaria melhor. Colocando, não sem bagunça e briga, um firmamento entre eles: Se a luz se ascendeu foi porque ali na Goétia brilhava Sophia, A sabedoria tornava-se ação orientada para recriar infinitamente. O propósito de Monade se realizava nos aeons mais materiais, Mas também a luz se apagava, marcando recesso da escuridão, Pois mesmo os demônios precisavam dormir e sonhar. Cansados de estar sempre molhados, a Goétia criou os rios e mares. Formando a terra seca para os sabás e orgias de amor coletivo, Das sementes derramadas, as plantas e árvores nasceram Para marcar suas intermináveis festas e comemorações. Uns fizeram a Lua para marcar o reino das trevas, e o Sol o da luz. Debochando uns dos outros, fizeram réplicas de seus desafetos. As feras das águas, do ar e da terra que se sucediam na cadeia alimentar. Mas a melhor ideia veio quando Yaldabaoth cobrou da criatividade coletiva Uma autorização para existir que apenas a serpente leonina podia dar. Primeiro a nascer, dizia-se senhor de tudo o que havia e não havia. “Criador da Goétia, senhor das árvores da vida e da morte”. Porque uma voz havia dito isso para ele quando surgiu. Não criava nada, nem se dava ao trabalho de fazer algo importante, mas se apropriava mesmo assim, não por prazer, mas por inveja. A Goétia decidiu em Yaldabaoth pregar uma peça para humildade ensinar. Fazer uma criatura para dele zombar, a sua imagem e semelhança, Mas com melhor humor, aberto aos prazeres, criativo e livre. Sua força seria a mesma da Goétia: formar legiões e o mundo mudar Conforme sua vontade e seu capricho, por meio do trabalho e do sexo. Essa tarefa exigiria organização e divisão das atividades entre os demônios. A maior de todas as obras foi planejada e desenhada num grande sabá. |
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3. | Os Filhos da Serpente | 11:05 | Show lyrics |
No começo do grande sabá, a Goétia toda compareceu. Escolheram uma região entre quatro rios chamada Éden. Não foram até lá apreciar sua criação, descansar e celebrar, Mas continuar o processo iniciado por Monade. Na formação do Pleroma; trazido para o mundo da matéria Com a queda de Sophia; o nascimento Árvore da Vida e da Morte Com a coroação de Yaldabaoth e seu casamento com Pronoia. “Chegou à manhã do sétimo dia” - disseram eles. “Yaldabaoth se revolta contra nós, Deseja em seu coração tudo possuir, Ignora completamente o projeto de Monade. Não entende que os aeons são desapego, Não sabe quem é a própria mãe Sophia, Não ama sua esposa-sizígia Pronoia e a inveja.” “Nós emanamos de Pronoia e Yaldabaoth. Ele é nosso pai mas nos odeia, Não aceita que somos livres. Não quer permitir nossas criações, Quer tirar nossa independência, Fazer desse plano recém-nascido seu brinquedo, Mas seguiremos nosso curso queira ele ou não!” “Apanhemos nós essas duas serpentes Que residem na Árvore da Vida e da Morte. A branca e fêmea que está enrolada no tronco em Malkuth. A negra e macho fez sua toca entre as raízes em Nahemo. Faremos com ambas uma nova criação, Transformaremos sua carne e escamas, Forjando-a com os cinco elementos, na forma do pentagrama.” “Daremos a esta nova espécie o nome de humanos. Terão todos os nossos poderes, imagem e semelhança, Serão sempre Legião porque serão muitos, Serão fecundos e se multiplicarão. Mostraremos a Yaldabaoth que o superamos. Criamos este mundo e seus futuros deuses Que um dia emanarão o próximo Aeon!” |
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Side B | |||
4. | Lemegeton | 13:48 | Show lyrics |
No Éden onde céus e terra se encontravam e os rios se juntavam O primeiro casal humano andava pelo jardim das delícias Feitos da carne e das escamas das serpentes Modelados com os cinco elementos como se barro fosse A técnica e o conhecimento da Goétia combinada Emanara um novo Aeon para continuar a criação Por meio destes que chamaram Adão e Eva. Lilith fizera nascer uma árvore e dela colheu um fruto Tornou-se a si mesma em cobra e a ofereceu a Eva O fruto despertou o primeiro prazer sensual sobre a terra O homem sucedeu à terra, a mulher sucedeu ao homem A reprodução sucedeu ao casamento, a morte à reprodução Os humanos seriam mais numerosos que todas as estrelas do céu Seus números superariam o poder singular de Yaldabaoth. A Goétia colocou todo seu saber na segunda árvore Cada príncipe, duque, marques, conde e pequeno demônio Uma por uma das legiões, todo o seu saber concentrou No fruto amargo do saber sobre a vida e o mundo O ensinamento para a continuidade permanente da criação Baal disse aos humanos – comam o fruto do conhecimento de Sophia Sabendo sobre o bem e o mal, cairão do Éden e começarão sua história. Yaldabaoth manifestou-se e tomou o fruto da árvore antes de Adão Ao devorá-lo, adquiriu ciência sobre a real natureza da Goétia Manifestações abstratas, eram mais ideias do que carne Geometria e matemática, símbolos e escrita Ao serem desenhados corretamente, os sigilos os encerravam Ao serem devidamente convocados, eram forçados a obedecer Na noite do sétimo dia, toda a Goétia os joelhos dobrou. Yaldabaoth fez surgir um trono e nele se sentou Ao som de sua voz de trovão Pronoia compareceu A mulher escarlate o fruto da árvore também provou E ambos descansaram, o controle sobre o mundo foi retomado No dia seguinte, usando a coleção dos sigilos que a Goétia aprisionou Novas divindades obedientes seriam criadas e leis formuladas E os humanos e seus filhos convertidos numa raça de escravos. |
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5. | Hierarquia Demiúrgica | 12:35 | Show lyrics |
Yaldabaoth derrotou a Goétia Colocou os demônios de joelhos Ordenou que construíssem 7 céus Cada qual para seus novos arcontes Andróginos, masculino e feminino De onde vigiariam o mundo Impondo a vontade do demiurgo. O primeiro céu foi dado para Yao, a Autoridade O segundo céu foi dado para Sabbaoth, a Divindade O terceiro céu foi dado para Adonaios, a Realeza O quarto céu foi dado para Eliaios, a Inveja O quinto céu foi para Horaios, a Riqueza O sexto céu foi para Astaphaios, a Sabedoria O sétimo céu foi para o próprio Yaldabaoth, a Criação. O acesso à árvore da vida e da morte foi proibida E para guardar as Sephiroth e as Qliphoth Foram criados falsos deuses, ídolos do pó e do barro Animados pelos poderes destas esferas. Regendo Malkuth e Nehemo, o pavão Adramelech Regendo Yesod e Gamaliel, o falo Nisroch Regendo Netzach e Harab Serapel, o galo Nergal Regendo Hod e Samael, a galinha Succoth Benoth Regendo Tiphereth e Tagaririm, o cavalo Anameleth Regendo Chesed e Gamchicoth, o bode azima Regendo Gewurah e Galab, a pedra Marcolis Regendo Chochmah e Chaigidel, o cão Nibas Regendo Binah e Satariel, o asno Thartae Regendo Kether e Thamiel, a estrela flamejante Remphan Para Remphan o demiurgo Yaldabaoth confiou servidores Criados à imagem e semelhança da Goétia Mas estes eram vazios de vontade e propósito Mensageiros veículos da hierarquia e da ordem Olhos, braços e pernas dos deuses e arcontes. Serafins, querubins, tronos, dominações, Virtudes, potestades, principados, arcanjos e anjos. Colocar a humanidade em grilhões Era a tarefa de Remphan e da hierarquia do demiurgo Pois estes eram seres que Yaldabaoth temia e desprezava. A Goétia tinha preparado para eles o caminho Enquanto criadores do próximo aeon. O mundo deveria perpetuamente adorar Yaldabaoth Em contemplação, inação e temor por toda a eternidade. |
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55:55 |
Remphan
Members | |
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Original line-up | |
Band members | |
XII.XIX.XII | All instruments, Vocals |
XXIII.IV.IV | Lyrics |
Tracks | |||
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1. | Aleph | 02:23 | instrumental |
(loading lyrics...) | |||
2. | Gênesis Segundo a Goétia | 16:04 | Show lyrics |
Se o mundo é profano e o que torna sacro é dele se separar. A natureza não é obra de Deus, mas das legiões de demônios. Não por que seja imperfeita, sombria, cruel ou maligna, Mas por ser antes de tudo cooperação e trabalho coletivo. Não foi uma só voz que gritou para o céu se separar da terra, Mas um coro festivo de vozes dissonantes ensaiando juntas. A harmonia é apenas a ilusão de ver no caos algum sentido. A Goétia pouco depois de surgir dedicou-se à criação por prazer No fluída limiar que separava a árvore da vida e da morte. Indiferente à Yaldabaoth e seus protestos de que era rei daquele lugar. Apenas diziam, “ninguém é de ninguém e faça o que quiseres”, essa é a lei. Colocaram a mão na lama primordial e beberam a água fria do abismo, Comeram os frutos da Sephiroth e as raízes da Qliphoth Tomaram posse daquilo que lhes satisfazia o estômago e a fantasia. Separaram o céu da terra porque acharam que assim ficaria melhor. Colocando, não sem bagunça e briga, um firmamento entre eles: Se a luz se ascendeu foi porque ali na Goétia brilhava Sophia, A sabedoria tornava-se ação orientada para recriar infinitamente. O propósito de Monade se realizava nos aeons mais materiais, Mas também a luz se apagava, marcando recesso da escuridão, Pois mesmo os demônios precisavam dormir e sonhar. Cansados de estar sempre molhados, a Goétia criou os rios e mares. Formando a terra seca para os sabás e orgias de amor coletivo, Das sementes derramadas, as plantas e árvores nasceram Para marcar suas intermináveis festas e comemorações. Uns fizeram a Lua para marcar o reino das trevas, e o Sol o da luz. Debochando uns dos outros, fizeram réplicas de seus desafetos. As feras das águas, do ar e da terra que se sucediam na cadeia alimentar. Mas a melhor ideia veio quando Yaldabaoth cobrou da criatividade coletiva Uma autorização para existir que apenas a serpente leonina podia dar. Primeiro a nascer, dizia-se senhor de tudo o que havia e não havia. “Criador da Goétia, senhor das árvores da vida e da morte”. Porque uma voz havia dito isso para ele quando surgiu. Não criava nada, nem se dava ao trabalho de fazer algo importante, mas se apropriava mesmo assim, não por prazer, mas por inveja. A Goétia decidiu em Yaldabaoth pregar uma peça para humildade ensinar. Fazer uma criatura para dele zombar, a sua imagem e semelhança, Mas com melhor humor, aberto aos prazeres, criativo e livre. Sua força seria a mesma da Goétia: formar legiões e o mundo mudar Conforme sua vontade e seu capricho, por meio do trabalho e do sexo. Essa tarefa exigiria organização e divisão das atividades entre os demônios. A maior de todas as obras foi planejada e desenhada num grande sabá. |
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3. | Os Filhos da Serpente | 11:05 | Show lyrics |
No começo do grande sabá, a Goétia toda compareceu. Escolheram uma região entre quatro rios chamada Éden. Não foram até lá apreciar sua criação, descansar e celebrar, Mas continuar o processo iniciado por Monade. Na formação do Pleroma; trazido para o mundo da matéria Com a queda de Sophia; o nascimento Árvore da Vida e da Morte Com a coroação de Yaldabaoth e seu casamento com Pronoia. “Chegou à manhã do sétimo dia” - disseram eles. “Yaldabaoth se revolta contra nós, Deseja em seu coração tudo possuir, Ignora completamente o projeto de Monade. Não entende que os aeons são desapego, Não sabe quem é a própria mãe Sophia, Não ama sua esposa-sizígia Pronoia e a inveja.” “Nós emanamos de Pronoia e Yaldabaoth. Ele é nosso pai mas nos odeia, Não aceita que somos livres. Não quer permitir nossas criações, Quer tirar nossa independência, Fazer desse plano recém-nascido seu brinquedo, Mas seguiremos nosso curso queira ele ou não!” “Apanhemos nós essas duas serpentes Que residem na Árvore da Vida e da Morte. A branca e fêmea que está enrolada no tronco em Malkuth. A negra e macho fez sua toca entre as raízes em Nahemo. Faremos com ambas uma nova criação, Transformaremos sua carne e escamas, Forjando-a com os cinco elementos, na forma do pentagrama.” “Daremos a esta nova espécie o nome de humanos. Terão todos os nossos poderes, imagem e semelhança, Serão sempre Legião porque serão muitos, Serão fecundos e se multiplicarão. Mostraremos a Yaldabaoth que o superamos. Criamos este mundo e seus futuros deuses Que um dia emanarão o próximo Aeon!” |
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4. | Lemegeton | 13:48 | Show lyrics |
No Éden onde céus e terra se encontravam e os rios se juntavam O primeiro casal humano andava pelo jardim das delícias Feitos da carne e das escamas das serpentes Modelados com os cinco elementos como se barro fosse A técnica e o conhecimento da Goétia combinada Emanara um novo Aeon para continuar a criação Por meio destes que chamaram Adão e Eva. Lilith fizera nascer uma árvore e dela colheu um fruto Tornou-se a si mesma em cobra e a ofereceu a Eva O fruto despertou o primeiro prazer sensual sobre a terra O homem sucedeu à terra, a mulher sucedeu ao homem A reprodução sucedeu ao casamento, a morte à reprodução Os humanos seriam mais numerosos que todas as estrelas do céu Seus números superariam o poder singular de Yaldabaoth. A Goétia colocou todo seu saber na segunda árvore Cada príncipe, duque, marques, conde e pequeno demônio Uma por uma das legiões, todo o seu saber concentrou No fruto amargo do saber sobre a vida e o mundo O ensinamento para a continuidade permanente da criação Baal disse aos humanos – comam o fruto do conhecimento de Sophia Sabendo sobre o bem e o mal, cairão do Éden e começarão sua história. Yaldabaoth manifestou-se e tomou o fruto da árvore antes de Adão Ao devorá-lo, adquiriu ciência sobre a real natureza da Goétia Manifestações abstratas, eram mais ideias do que carne Geometria e matemática, símbolos e escrita Ao serem desenhados corretamente, os sigilos os encerravam Ao serem devidamente convocados, eram forçados a obedecer Na noite do sétimo dia, toda a Goétia os joelhos dobrou. Yaldabaoth fez surgir um trono e nele se sentou Ao som de sua voz de trovão Pronoia compareceu A mulher escarlate o fruto da árvore também provou E ambos descansaram, o controle sobre o mundo foi retomado No dia seguinte, usando a coleção dos sigilos que a Goétia aprisionou Novas divindades obedientes seriam criadas e leis formuladas E os humanos e seus filhos convertidos numa raça de escravos. |
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5. | Hierarquia Demiúrgica | 12:35 | Show lyrics |
(loading lyrics...) | |||
55:55 |
Band ascii art
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