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Kaatayra
Members | |
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Caio Lemos | All instruments, Vocals |
# | Discography | Type | Year | |
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1 | No Ruidar da Mata que Mirra | Full-length | 2019 | Show album |
2 | Nascido Sob o Signo Incivilizatório | Full-length | 2019 | Show album |
3 | Mata Mato | Compilation | 2020 | Show album |
4 | Só Quem Viu o Relâmpago à Sua Direita Sabe | Full-length | 2020 | Show album |
5 | Toda História pela Frente | Full-length | 2020 | Show album |
No Ruidar da Mata que Mirra
Members | |
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Caio Lemos | All instruments, Vocals |
Tracks | |||
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1. | Há Mais do que Refúgio em Mar Profundo | 10:34 | Show lyrics |
sinto um chamado que não é pelo som, vem da mata que descansa distante, de lá, os ventos trazem não só pó, mas também a saudade do que seremos há talvez além de só paz em mar profundo refugios encantados saberes esquecidos pelo mundo um sossego que penetra corpos uma solidão de mortos que nos importam não é para o céu que os espíritos vão e sim para o chão onde a água pesa mais que o cantar das ondas te botes a dormir e que elas não te façam pensar no fim por vir em litorais onde ainda há verde jazem placas suspensas que a mente ouve: morras bem sozinha portanto, estejas bem sozinha não ouses mais fraquejar a baixo de nuvens depois do dia que te vi sorrir com os olhos cerrados e expressão leve, louvei o futuro que pruns demora e lamentei por outros que é breve ao subir rios pude cumprimentar horizontes e em alto ar, num altar, ouvi bem o som ausente desafiei deus e jurou-me que não mente "estou morto" ele me garantiu que a morte é silenciosa e que ai! de nós se não buscarmos paz agora. |
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2. | Das Serras, Sapiência e Sumidade | 11:47 | Show lyrics |
enquanto desço na companhia de amigos-peixes miro às serras que se constroem longe absorvi de vez a pequenez de mim, mas, não digo que do absoluto me despedi sem dúvida o que serão daqueles que são de culpa? que não evitam pensar em suas falhas que não evitam se esconder entre folhas como se envergonhassem por suas escolhas como se não pudessem chorar sob cascatas cada gota d’ágrima não será julgada, pois, sera mais uma dentre tantas outras, então chores tu também nascestes em pranto, com certeza mundano e não é por isso que deves usar essa máscara há cores que não esperam por ti barulhos que são cegos à tua existência polens que envenenam árvores que dançam sobre cabeças estão nos pássaros, nas águas, e correntes prontos para te abraçarem, prontos para te levarem embora. prontos para te matarem embora, um curto assobio disperse a névoa de tua cabeça, não deixes de recuperar a noção de vontade e do fogo que arde sem maldade continue a subir o rio com leveza, com ou sem correnteza. perseveres. |
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3. | Clarividência em Xara | 12:26 | Show lyrics |
haverá sempre uma chance em xara, de calma pois, zelarão teu descanso, "durma agora com os com o pé à terra e vestido de nenhum manto" quando segui tais conselhos, obtive uma visão mais clara, deixei de atrofiar minha intuição e superei a vergonha de ser humano há uma divindade em sermos como somos uma maldição por ser pensante venefico não mais me iludo com a feiúra das palavras me despeço da música, minha maior aliada, que me permitiu ouvir o ruidar do solo os ensinamentos que com esse poema te conto sei não só através de sonhos, mas pelo meu corpo todo, que nosso fim está próximo, eu escuto ele chegar está não só em meu sangue mas em meu espirito a lamentação de meus ascendentes sempre me chamam a sonhar quando acordei; eu estava no ar petrificado, no ar vi nossas mãos dadas em ciranda que flutua, com outros animais, criaturas, semelhantes a nós, levitamos ao topo das árvores, cantávamos "alegria!, melancolia!", chorávamos ao lembrar que somos amados, dançávamos em celebração a vida, sopros faziam a roda girar; fomos embora em direção ao sol. |
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4. | Saudades Florescem | 13:43 | Show lyrics |
saudade dos rios que nutrem meu corpo e da terra que me habita dos ventos que movimentam energias e do fogo que alimenta minha intuição já não são carnes e ossos que me sustentam mas a saudade da minha família mesmo já tendo partido há tempo para sempre pertence em meu corpo sinto os tambores que já foram tocados no tremer da terra de hoje ainda rufam e rufam vejo não só em minha mente as vidas que tive no passado um elo que não se perde que não é barrado nem pelas maiores devastações cada gota de seiva que engulo ecoa em euforia saudade dos nossos olhos virados ao branco das faíscas guiadas por nossas mãos das flores que nos alimentavam e das folhas que nos curavam apenas em sonhos podemos nos ter de novo |
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5. | Valhacouto de Lírios | 11:23 | Show lyrics |
lírios, lírios valhacoutam um lar e exalam um cheiro de mil mortos corre-se para a mata através d’arvores, para ninguém avistar em fortaleza em meditação se descobre que nunca haverá solidão minha memória é minha companheira toda a imaginação experienciada sensação compartilhada sentimentos vindo d’água fogo que ardia toda seiva já bebida toda vida já vivida, toda morte já morrida. de toda ancestralidade uma visão eu tive, do que eu tinha que fazer. me isolar de toda humanidade em busca do saber sim por misantropia |
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6. | Contra o Delírio Urbano, um Manipanso | 11:34 | Show lyrics |
um peso que paira no ar não pode ser erguido corruptos pensamentos corruptos hábitos nos assolam de fora e de dentro um destino amaldiçoado em vida urbana vida e morte urbana mas quando nossos lores mais antigos são reunidos em volta de fogueira e nossa música é tocada sobre nossas mais verdadeiras lamentações ergue-se um feitiço o distante rufar dos tambores sumona manipanso contra delírio urbano para limpar a sujeira das terras cinzas eu prefiro perder minha fé a todas as mágicas coisas que existem sob o céu, do que continuar vagando em ruas asfaltadas |
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01:11:27 |
Nascido Sob o Signo Incivilizatório
Members | |
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Band members | |
Caio Lemos | All instruments, Vocals |
Guest/Session | |
Raíssa Geovanna Matos | Vocals (female) (track 4) |
Alessandro Moska | Conga, Caxixi, Triangle, Zabumba (track 3) |
Tracks | |||
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1. | Horizonte, Abismo | 14:28 | Show lyrics |
não há mais chão firme para se aterrar os pés mares, lagos e rios de lama tomaram conta de todos os caminhos e de todas as moradas não há mais separação das águas. sem mais terra onde se cultiva esperanças e sonhos não me incomoda mais a imagem que vejo do maior pico devastada e sem cor o início está próximo os céus se recusam a deixar chover e gritam através de seus trovões : é o fim e o início horizontes não olham de volta para nós em suas vertigens os sopros que nos traziam boas novas carregam agora só silêncio horizonte, abismo e em tentativas desesperadas de ser reconhecido de voltar a origem somos jogados em espirais de memórias que descargam para a escuridão seco, infértil não somos um ciclo em que todos se pertencem os arautos do cinza e da fumaça se desalinharam de uma conexão cósmica inimigos surgiram que montam em outras costas humanos demais para meu gosto lutamos contra o tempo, uh! |
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2. | Fogo! Na Babilônia | 13:27 | Show lyrics |
chove! chove fogo em cima do reino humano e todo o ar é pólvora cai, cai ácido sobre a pele civilizatória reis e rainhas degoladas deuses e mestras mortas fogo na babilônia! os gritos de desespero ecoam por todas as matas os humanos não estão sustentando a mente humana se desintegra em si mesmo e há sim, senciência nas coisas naturais que celebram o futuro próximo. pois o desmanche humano está por vir se da terra veio, para a terra retornará mas não antes da loucura em massa vir fogo na babilônia! tudo que foi erguido acabará em ruína e em chamas para a vida renascer tudo construído por humanos e humanas é certeza que vai desaparecer tão natural quanto a morte será o macaco nu por palavra enlouquecer anestesiados pela burocracia domesticados impedidos de crescer o ódio que surgiu de injustiça e avareza agora retorna em cada alvorecer os mares clamam pela guágua de todos os cantos para juntarem e fazer tudo inundar os vulcões riem pois derreretem cidades e corpos sem pena, tudo tem de morrer terremotos dançam de baixo da terra para alimentar o solo com defuntos de opressor ciclones desolam terras e casas em seus grandes assobios não demoram a chegar tempestades de areia escondem todos os vestígios virão, virão para nos enterrar um sol tão forte que apenas num piscar, num piscar, gozará ao nos pulverizar todos os barulhos ensurdecem homens e mulheres, a Força quer que tu vá se foder todos seres vivos que não são humanos esses sim, esses sim tem de permanecer a natureza por vingança e com toda sua força esmagará toda a civilização apocalipse ou fim do mundo chame como quiser não vejo a hora da mudança vir a ser se eu fosse desejar uma coisa na vida seria estar presente quando acontecer não há reencarnação ou vida após a morte para em outro plano a gente retentar o que foi erguido acabará em ruína e em chamas para vida renascer |
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3. | Unhas de Bode Ecoam versus o Macaco Nu e sua Agricultura | 04:16 | |
(loading lyrics...) | |||
4. | Chama, Pólvora e Esperança | 18:11 | Show lyrics |
não se surrende a linguagem e às palavras venenosas controladas e limitadas artifício nojento fadado ao acaso carregada pelas ondas do progresso foi se embora casas, famílias e alimentos apagaram a trilha de caminhos à paz impediram a verdadeira vontade e intuição todas ferramentas e processos são navalhas que cortam (o que não sangra) mas que destroem o que já foram a ausência de sonhos correntes, mordaças e armas te anulam. amarram você de joelho te vedam e te surdam enquanto estupram terras natais ceifaram as árvores que se plantaram fizeram ponteiros de relógio para tacarem na boca de vulcões de aço minha esperança se chama pólvora minha esperança se chama fogo ela chama bomba quando se busca existir tão certo quanto a morte abraça-se a fome, o frio e o medo quando-se esquece a língua humana o escuro se torna mais claro (s rastejos da mata não alertam mais despede-se do ódio para com os semelhantes o espelho deixa de ser importante uma vez animal me transformei em humano os olhos não piscam mais a sede é de se construir ruínas fabricas em pó usinas no chão eletricidade desaparecida foda-se toda tecnologia) eu sinto falta de minha terra de meu lar onde não há guerra dos pelos crescidos e garras grandes subir árvores e cavar covas de presas de morrer envenenado de ser caçado e caçar do silêncio cantado por pássaros de chuvas que trazem a paz de todo o alimento colorido de vários serem meus abrigos e de céus não manchados |
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5. | Preciso me Encontrar (Tributo ao Candeia) | 04:00 | Show lyrics |
Deixe-me ir Preciso andar Vou por aí a procurar Rir pra não chorar Deixe-me ir Preciso andar Vou por aí a procurar Sorrir pra não chorar Quero assistir ao sol nascer Ver as águas dos rios correr Ouvir os pássaros cantar Eu quero nascer Quero viver Se alguém por mim perguntar Diga que eu só vou voltar Depois que me encontrar Quero assistir ao sol nascer Ver as águas dos rios correr Ouvir os pássaros cantar Eu quero nascer Deixe-me ir Preciso andar |
|||
54:22 |
Mata Mato
Album versions
Release date | Label | Catalog ID | Format | Description |
---|---|---|---|---|
January 5th, 2020 | Vigor Deconstruct | 2CD | ||
January 5th, 2020 | Vigor Deconstruct | Digital |
Members | |
---|---|
Band members | |
Caio Lemos | All instruments, Vocals |
Guest/Session | |
Raíssa Geovanna Matos | Vocals (additional) (track 4) |
Alessandro Moska | Shaker, Caxixi, Conga, Triangle, Zabumba (track 3) |
Tracks | |||
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Disc 1 | |||
1. | Há Mais do que Refúgio em Mar Profundo | 10:34 | Show lyrics |
sinto um chamado que não é pelo som, vem da mata que descansa distante, de lá, os ventos trazem não só pó, mas também a saudade do que seremos há talvez além de só paz em mar profundo refugios encantados saberes esquecidos pelo mundo um sossego que penetra corpos uma solidão de mortos que nos importam não é para o céu que os espíritos vão e sim para o chão onde a água pesa mais que o cantar das ondas te botes a dormir e que elas não te façam pensar no fim por vir em litorais onde ainda há verde jazem placas suspensas que a mente ouve: morras bem sozinha portanto, estejas bem sozinha não ouses mais fraquejar a baixo de nuvens depois do dia que te vi sorrir com os olhos cerrados e expressão leve, louvei o futuro que pruns demora e lamentei por outros que é breve ao subir rios pude cumprimentar horizontes e em alto ar, num altar, ouvi bem o som ausente desafiei deus e jurou-me que não mente "estou morto" ele me garantiu que a morte é silenciosa e que ai! de nós se não buscarmos paz agora. |
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2. | Das Serras, Sapiência e Sumidade | 11:47 | Show lyrics |
enquanto desço na companhia de amigos-peixes miro às serras que se constroem longe absorvi de vez a pequenez de mim, mas, não digo que do absoluto me despedi sem dúvida o que serão daqueles que são de culpa? que não evitam pensar em suas falhas que não evitam se esconder entre folhas como se envergonhassem por suas escolhas como se não pudessem chorar sob cascatas cada gota d’ágrima não será julgada, pois, sera mais uma dentre tantas outras, então chores tu também nascestes em pranto, com certeza mundano e não é por isso que deves usar essa máscara há cores que não esperam por ti barulhos que são cegos à tua existência polens que envenenam árvores que dançam sobre cabeças estão nos pássaros, nas águas, e correntes prontos para te abraçarem, prontos para te levarem embora. prontos para te matarem embora, um curto assobio disperse a névoa de tua cabeça, não deixes de recuperar a noção de vontade e do fogo que arde sem maldade continue a subir o rio com leveza, com ou sem correnteza. perseveres. |
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3. | Clarividência em Xara | 12:26 | Show lyrics |
"durma agora com os com o pé à terra e vestido de nenhum manto" quando segui tais conselhos, obtive uma visão mais clara, deixei de atrofiar minha intuição e superei a vergonha de ser humano há uma divindade em sermos como somos uma maldição por ser pensante venefico não mais me iludo com a feiúra das palavras me despeço da música, minha maior aliada, que me permitiu ouvir o ruidar do solo os ensinamentos que com esse poema te conto sei não só através de sonhos, mas pelo meu corpo todo, que nosso fim está próximo, eu escuto ele chegar está não só em meu sangue mas em meu espirito a lamentação de meus ascendentes sempre me chamam a sonhar quando acordei; eu estava no ar petrificado, no ar vi nossas mãos dadas em ciranda que flutua, com outros animais, criaturas, semelhantes a nós, levitamos ao topo das árvores, cantávamos "alegria!, melancolia!", chorávamos ao lembrar que somos amados, dançávamos em celebração a vida, sopros faziam a roda girar; fomos embora em direção ao sol. |
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4. | Saudades Florescem | 13:43 | Show lyrics |
saudade dos rios que nutrem meu corpo e da terra que me habita dos ventos que movimentam energias e do fogo que alimenta minha intuição já não são carnes e ossos que me sustentam mas a saudade da minha família mesmo já tendo partido há tempo para sempre pertence em meu corpo sinto os tambores que já foram tocados no tremer da terra de hoje ainda rufam e rufam vejo não só em minha mente as vidas que tive no passado um elo que não se perde que não é barrado nem pelas maiores devastações cada gota de seiva que engulo ecoa em euforia saudade dos nossos olhos virados ao branco das faíscas guiadas por nossas mãos das flores que nos alimentavam e das folhas que nos curavam apenas em sonhos podemos nos ter de novo |
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5. | Valhacouto de Lírios | 11:23 | Show lyrics |
lírios, lírios valhacoutam um lar e exalam um cheiro de mil mortos corre-se para a mata através d’arvores, para ninguém avistar em fortaleza em meditação se descobre que nunca haverá solidão minha memória é minha companheira toda a imaginação experienciada sensação compartilhada sentimentos vindo d’água fogo que ardia toda seiva já bebida toda vida já vivida, toda morte já morrida. de toda ancestralidade uma visão eu tive, do que eu tinha que fazer. me isolar de toda humanidade em busca do saber sim por misantropia |
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6. | Contra o Delírio Urbano, um Manipanso | 11:34 | Show lyrics |
um peso que paira no ar não pode ser erguido corruptos pensamentos corruptos hábitos nos assolam de fora e de dentro um destino amaldiçoado em vida urbana vida e morte urbana mas quando nossos lores mais antigos são reunidos em volta de fogueira e nossa música é tocada sobre nossas mais verdadeiras lamentações ergue-se um feitiço o distante rufar dos tambores sumona manipanso contra delírio urbano para limpar a sujeira das terras cinzas eu prefiro perder minha fé a todas as mágicas coisas que existem sob o céu, do que continuar vagando em ruas asfaltadas |
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01:11:27 | |||
Disc 2 | |||
1. | Horizonte, Abismo | 14:28 | Show lyrics |
não há mais chão firme para se aterrar os pés mares, lagos e rios de lama tomaram conta de todos os caminhos e de todas as moradas não há mais separação das águas. sem mais terra onde se cultiva esperanças e sonhos não me incomoda mais a imagem que vejo do maior pico devastada e sem cor o início está próximo os céus se recusam a deixar chover e gritam através de seus trovões : é o fim e o início horizontes não olham de volta para nós em suas vertigens os sopros que nos traziam boas novas carregam agora só silêncio horizonte, abismo e em tentativas desesperadas de ser reconhecido de voltar a origem somos jogados em espirais de memórias que descargam para a escuridão seco, infértil não somos um ciclo em que todos se pertencem os arautos do cinza e da fumaça se desalinharam de uma conexão cósmica inimigos surgiram que montam em outras costas humanos demais para meu gosto lutamos contra o tempo, uh! |
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2. | Fogo! Na Babilônia | 13:27 | Show lyrics |
chove! chove fogo em cima do reino humano e todo o ar é pólvora cai, cai ácido sobre a pele civilizatória reis e rainhas degoladas deuses e mestras mortas fogo na babilônia! os gritos de desespero ecoam por todas as matas os humanos não estão sustentando a mente humana se desintegra em si mesmo e há sim, senciência nas coisas naturais que celebram o futuro próximo. pois o desmanche humano está por vir se da terra veio, para a terra retornará mas não antes da loucura em massa vir fogo na babilônia! tudo que foi erguido acabará em ruína e em chamas para a vida renascer tudo construído por humanos e humanas é certeza que vai desaparecer tão natural quanto a morte será o macaco nu por palavra enlouquecer anestesiados pela burocracia domesticados impedidos de crescer o ódio que surgiu de injustiça e avareza agora retorna em cada alvorecer os mares clamam pela guágua de todos os cantos para juntarem e fazer tudo inundar os vulcões riem pois derreretem cidades e corpos sem pena, tudo tem de morrer terremotos dançam de baixo da terra para alimentar o solo com defuntos de opressor ciclones desolam terras e casas em seus grandes assobios não demoram a chegar tempestades de areia escondem todos os vestígios virão, virão para nos enterrar um sol tão forte que apenas num piscar, num piscar, gozará ao nos pulverizar todos os barulhos ensurdecem homens e mulheres, a Força quer que tu vá se foder todos seres vivos que não são humanos esses sim, esses sim tem de permanecer a natureza por vingança e com toda sua força esmagará toda a civilização apocalipse ou fim do mundo chame como quiser não vejo a hora da mudança vir a ser se eu fosse desejar uma coisa na vida seria estar presente quando acontecer não há reencarnação ou vida após a morte para em outro plano a gente retentar o que foi erguido acabará em ruína e em chamas para vida renascer |
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3. | Unhas de Bode Ecoam versus o Macaco Nu e sua Agricultura | 04:16 | |
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4. | Chama, Pólvora e Esperança | 18:11 | Show lyrics |
não se surrende a linguagem e às palavras venenosas controladas e limitadas artifício nojento fadado ao acaso carregada pelas ondas do progresso foi se embora casas, famílias e alimentos apagaram a trilha de caminhos à paz impediram a verdadeira vontade e intuição todas ferramentas e processos são navalhas que cortam (o que não sangra) mas que destroem o que já foram a ausência de sonhos correntes, mordaças e armas te anulam. amarram você de joelho te vedam e te surdam enquanto estupram terras natais ceifaram as árvores que se plantaram fizeram ponteiros de relógio para tacarem na boca de vulcões de aço minha esperança se chama pólvora minha esperança se chama fogo ela chama bomba quando se busca existir tão certo quanto a morte abraça-se a fome, o frio e o medo quando-se esquece a língua humana o escuro se torna mais claro (s rastejos da mata não alertam mais despede-se do ódio para com os semelhantes o espelho deixa de ser importante uma vez animal me transformei em humano os olhos não piscam mais a sede é de se construir ruínas fabricas em pó usinas no chão eletricidade desaparecida foda-se toda tecnologia) eu sinto falta de minha terra de meu lar onde não há guerra dos pelos crescidos e garras grandes subir árvores e cavar covas de presas de morrer envenenado de ser caçado e caçar do silêncio cantado por pássaros de chuvas que trazem a paz de todo o alimento colorido de vários serem meus abrigos e de céus não manchados |
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5. | Preciso me Encontrar (Tributo ao Candeia) | 04:00 | Show lyrics |
Deixe-me ir Preciso andar Vou por aí a procurar Rir pra não chorar Deixe-me ir Preciso andar Vou por aí a procurar Sorrir pra não chorar Quero assistir ao sol nascer Ver as águas dos rios correr Ouvir os pássaros cantar Eu quero nascer Quero viver Se alguém por mim perguntar Diga que eu só vou voltar Depois que me encontrar Quero assistir ao sol nascer Ver as águas dos rios correr Ouvir os pássaros cantar Eu quero nascer Deixe-me ir Preciso andar |
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54:22 |
Só Quem Viu o Relâmpago à Sua Direita Sabe
Members | |
---|---|
Caio Lemos | All instruments, Vocals |
Tracks | |||
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1. | Chama Terra, Chama Chuva | 09:45 | Show lyrics |
Ergam-se, filhos e filhas da terra Desencantam-se da história humana Pois, seus caminhos sempre retornam à ruína e vergonha Agitem-se contra à condição do tempo Reunam-se com pedras e fogo Lutem criaturas da terra Gritem e cantem Cantem e dancem Dancem e toquem Toquem e chamem Chama à terra Chama e aterra Chuva que traz frio, ae! |
|||
2. | Desnaturação de Si-Mesmo | 14:38 | Show lyrics |
"São todas as falhas que caem sob o céu" Enquanto engasgo Com uma miríade de falhas Sonhos tomam mais forma Que a vida acordada Banhado pelas flechas do sol Encharcado por nada além de luz Me sinto esvaziando, Sugado por uma fissura no sempre-verde Todas as cores se resumem Ao preto e branco Todos os barulhos se tornam música Permaneço alto quanto as árvores Que me circundam e formam minha casa A natureza do pensamento E a percepção do tempo São bocas que se cospem Em direção à Anciente Desnaturação de Si-Mesmo Desmantelado em forma Humana Eu só sonho com rios e os ventos Que saudade da minha terra Eu só vejo o mar, areia e o Sol Traz de volta a minha terra Tu és bicho Nós somos a dúvida Nossos filhos são os ventos Nossa mãe é a terra Nosso pai é o pavor E quando não houver mais nada Além de água em todas as moradas Dos vestígios de nossa extinção O Silêncio herdará sua ascensão E quando não houver mais nada Além do fim e sua alvorada Em quietude de desolação O Silêncio será nossa redenção Tu foi bicho Vivemos só dúvida Nossas crias já deram seus últimos suspiros E paz está de volta. |
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3. | Só Quem Viu o Relâmpago à Sua Direita Sabe | 11:49 | Show lyrics |
Quem ouviu o trovão E se banhou no veneno Da antiga serpente Está fadado a permanecer Suspenso no Não-Saber O tempo para de fluir E despenca rumo ao passado Mirações são incertas Herdadas de outras vidas De mundos que estão sempre mudando Cantos distantes ecoam na memória e nos sonhos coletivos, Que velados pela mãe-dúvida, São ouvidos no silêncio da mente no mais alto volume: "Não há nada Divino Nunca houve algum Deus" Tudo é nada e nada é tudo Nunca houve algum Eu" Para cada crença, uma torre. Para cada torre, um terremoto Os tremores, algozes das certezas, Que uma vez erguidas, são esmigalhadas Regozijem-se! Lambuzem-se com o Enigma Singularidade espiritual obliterada Todas as coisas valem o mesmo Nacos de matéria, finitos Concepções, valores e abstrações Se limitam ao alcance das palavras, Que escapam do que há de mais sóbrio As coisas apenas são e serão Como pedras que esfarelam Submersas em águas correntes Que nunca são vistas nem ouvidas A ação do tempo traz o esquecimento De uma fissura que rasga a realidade Foi cuspida a psiquê Devastadora como trovões Só quem viu o Relâmpago à sua direita sabe. |
|||
4. | Bom Retorno (De Volta às Origens) | 14:39 | Show lyrics |
E são sons que te trazem de volta E são sons que te fazem lembrar Quando se deixa o corpo O corpo nao é mais o mesmo E são sons que te trazem de volta ao lar E são sons que te fazem mergulhar de volta à origem Quando o véu da separação cai Mãos, pés e terra se confundem Realiza-se o ânimo do absurdo Engolido por uma imensidão Para o silêncio, boa morte E são sons que te trazem de volta a si E é o silêncio que te faz aceitar tua ida Bom retorno. |
|||
50:51 |
Toda História pela Frente
Album versions
Release date | Label | Catalog ID | Format | Description |
---|---|---|---|---|
August 8th, 2020 | Independent | Digital | ||
October 3rd, 2020 | Mospharic Recording Limited | Digital | ||
October 3rd, 2020 | Mospharic Recording Limited | MOS-20 | CD | Limited edition |
Members | |
---|---|
Band members | |
Caio Lemos | All instruments, Vocals |
Guest/Session | |
Bruno Augusto Ribeiro | Lyrics (track 1) |
Miscellaneous staff | |
Bruna Macêdo | Cover art |
Tracks | |||
---|---|---|---|
1. | O Castigo vem à Cavalo | 17:03 | Show lyrics |
Toda luz que me faz entender o que passou O escuro é o pai dos meus sonhos, a luz o abraçou. Luz é parida e do escuro traz verdade; a terra desconquistada atravessando corações, tamanha a gana por viva essência. Errantes, no som lhes abrigaremos junto aos encantos de antigas formas que de longe vieram rugir novamente a liberdade dos organismos coletivos, Lavar com marés a treva do homem e da mulher. Lavar com marés a luz de ontem. Vou sem desejos enterrados aonde o passado não sangra pra tarde queimar minhas dores, e ouvir o brado dos raios, e sonhar meus sonhos perdidos aqui. Deixei pelo caminho o peso dos meus rastros – vi luz se entregar às sombras, choros rompendo aos sopros, às vidas perdidas ao nunca na longa morte dos dias. Ante cegas iras pulsa o absurdo, âmago onde fim só imaginam lá se encontra nossa última descida para saber novos sentidos, pertencer à sábia impermanência que nos chama. |
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2. | Toda Mágoa do Mundo | 11:43 | Show lyrics |
Há só noite em mentes ocupadas e nos corações que enxergam e anseiam os caminhos são incertos, mas, a vontade é certa. Porque a calma e a justiça não existem para todos. Exclusivas da primeira sorte dos que nascem podendo. Anseiam por toda história pela frente. A força vem das lamúrias incessantes que habitam os ouvidos E dos choros ancestrais, que avisam em sonhos, cada sinal de problema. Soam sem parar, no escuro e mesmo assim, tentam. Com a coragem dos desesperados. Toda mágoa do mundo cai do céu como chuva. Ninguém entende de onde vem Olhares para cima que vêem só abandono Esgotados, porém, vivos. Sonhos de um mundo morto Agora sem seus lares Vagueiam flutuando pelo cosmos e além. Sonhos de um mundo vivo Agora em nossas mentes Os corpos carregados Para luta até o fim. |
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3. | Miséria da Sabedoria | 26:00 | Show lyrics |
Em ruas, vielas, castelos Nas vivências ardidas de luta e dor, Há pilhas de palavras que desmonoram todas vezes que são ditas Quando esperam que a linguagem seja consciência praticada Que as batalhas de hoje se inspirem nas de ontem. Que caia o amontado de ilusões, Perdidos em arte, bagunçado em conhecimento. Pois, nada contempla o que é certo quanto o filho faminto. Que caia os muros. Que caia as fronteiras. Falácias abstratas demais para se agarrar. Os desejos, abstratos demais para se inspirar. As dores sim, reais demais para se esquecer. O sofrer que faz falta para alguns Cria sombra no pesar do dia a dia de outrem. Dia após dia. E a miséria da sabedoria desnortea o entendimento. A filosofia não vivida guia os corpos para falta de organização. As más concepções de causa e efeito é regra, como a mentira dos direitos. O fogo engolido em prol de nossa paz O silêncio dos desacordados O choro engolido em prol de falsa paz O barulho da mente, os corpos ansiosos O fogo destemido é por nossa paz Em confusão de entender a realidade, Joga-se no ar poesia perdida como esta. Bandidas entre linhas. Labirinto de símbolos E cada verso não faz sentido E o que é dito não é vivido, Muito menos sentido. Mas, tudo passará Vamos viver novas frases Novas palavras virão, Acompanhadas por ritmos Cantadas em terra justa Que toda história pela frente Se resuma em dança, Onde nenhuma voz é menor que outra. |
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54:46 |
Mata Mato
Members | |
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Band members | |
Caio Lemos | All instruments, Vocals |
Guest/Session | |
Raíssa Geovanna Matos | Vocals (additional) (track 4) |
Alessandro Moska | Shaker, Caxixi, Conga, Triangle, Zabumba (track 3) |
Tracks | |||
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Disc 1 | |||
1. | Há Mais do que Refúgio em Mar Profundo | 10:34 | Show lyrics |
sinto um chamado que não é pelo som, vem da mata que descansa distante, de lá, os ventos trazem não só pó, mas também a saudade do que seremos há talvez além de só paz em mar profundo refugios encantados saberes esquecidos pelo mundo um sossego que penetra corpos uma solidão de mortos que nos importam não é para o céu que os espíritos vão e sim para o chão onde a água pesa mais que o cantar das ondas te botes a dormir e que elas não te façam pensar no fim por vir em litorais onde ainda há verde jazem placas suspensas que a mente ouve: morras bem sozinha portanto, estejas bem sozinha não ouses mais fraquejar a baixo de nuvens depois do dia que te vi sorrir com os olhos cerrados e expressão leve, louvei o futuro que pruns demora e lamentei por outros que é breve ao subir rios pude cumprimentar horizontes e em alto ar, num altar, ouvi bem o som ausente desafiei deus e jurou-me que não mente "estou morto" ele me garantiu que a morte é silenciosa e que ai! de nós se não buscarmos paz agora. |
|||
2. | Das Serras, Sapiência e Sumidade | 11:47 | Show lyrics |
enquanto desço na companhia de amigos-peixes miro às serras que se constroem longe absorvi de vez a pequenez de mim, mas, não digo que do absoluto me despedi sem dúvida o que serão daqueles que são de culpa? que não evitam pensar em suas falhas que não evitam se esconder entre folhas como se envergonhassem por suas escolhas como se não pudessem chorar sob cascatas cada gota d’ágrima não será julgada, pois, sera mais uma dentre tantas outras, então chores tu também nascestes em pranto, com certeza mundano e não é por isso que deves usar essa máscara há cores que não esperam por ti barulhos que são cegos à tua existência polens que envenenam árvores que dançam sobre cabeças estão nos pássaros, nas águas, e correntes prontos para te abraçarem, prontos para te levarem embora. prontos para te matarem embora, um curto assobio disperse a névoa de tua cabeça, não deixes de recuperar a noção de vontade e do fogo que arde sem maldade continue a subir o rio com leveza, com ou sem correnteza. perseveres. |
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3. | Clarividência em Xara | 12:26 | Show lyrics |
"durma agora com os com o pé à terra e vestido de nenhum manto" quando segui tais conselhos, obtive uma visão mais clara, deixei de atrofiar minha intuição e superei a vergonha de ser humano há uma divindade em sermos como somos uma maldição por ser pensante venefico não mais me iludo com a feiúra das palavras me despeço da música, minha maior aliada, que me permitiu ouvir o ruidar do solo os ensinamentos que com esse poema te conto sei não só através de sonhos, mas pelo meu corpo todo, que nosso fim está próximo, eu escuto ele chegar está não só em meu sangue mas em meu espirito a lamentação de meus ascendentes sempre me chamam a sonhar quando acordei; eu estava no ar petrificado, no ar vi nossas mãos dadas em ciranda que flutua, com outros animais, criaturas, semelhantes a nós, levitamos ao topo das árvores, cantávamos "alegria!, melancolia!", chorávamos ao lembrar que somos amados, dançávamos em celebração a vida, sopros faziam a roda girar; fomos embora em direção ao sol. |
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4. | Saudades Florescem | 13:43 | Show lyrics |
saudade dos rios que nutrem meu corpo e da terra que me habita dos ventos que movimentam energias e do fogo que alimenta minha intuição já não são carnes e ossos que me sustentam mas a saudade da minha família mesmo já tendo partido há tempo para sempre pertence em meu corpo sinto os tambores que já foram tocados no tremer da terra de hoje ainda rufam e rufam vejo não só em minha mente as vidas que tive no passado um elo que não se perde que não é barrado nem pelas maiores devastações cada gota de seiva que engulo ecoa em euforia saudade dos nossos olhos virados ao branco das faíscas guiadas por nossas mãos das flores que nos alimentavam e das folhas que nos curavam apenas em sonhos podemos nos ter de novo |
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5. | Valhacouto de Lírios | 11:23 | Show lyrics |
lírios, lírios valhacoutam um lar e exalam um cheiro de mil mortos corre-se para a mata através d’arvores, para ninguém avistar em fortaleza em meditação se descobre que nunca haverá solidão minha memória é minha companheira toda a imaginação experienciada sensação compartilhada sentimentos vindo d’água fogo que ardia toda seiva já bebida toda vida já vivida, toda morte já morrida. de toda ancestralidade uma visão eu tive, do que eu tinha que fazer. me isolar de toda humanidade em busca do saber sim por misantropia |
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6. | Contra o Delírio Urbano, um Manipanso | 11:34 | Show lyrics |
um peso que paira no ar não pode ser erguido corruptos pensamentos corruptos hábitos nos assolam de fora e de dentro um destino amaldiçoado em vida urbana vida e morte urbana mas quando nossos lores mais antigos são reunidos em volta de fogueira e nossa música é tocada sobre nossas mais verdadeiras lamentações ergue-se um feitiço o distante rufar dos tambores sumona manipanso contra delírio urbano para limpar a sujeira das terras cinzas eu prefiro perder minha fé a todas as mágicas coisas que existem sob o céu, do que continuar vagando em ruas asfaltadas |
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01:11:27 | |||
Disc 2 | |||
1. | Horizonte, Abismo | 14:28 | Show lyrics |
não há mais chão firme para se aterrar os pés mares, lagos e rios de lama tomaram conta de todos os caminhos e de todas as moradas não há mais separação das águas. sem mais terra onde se cultiva esperanças e sonhos não me incomoda mais a imagem que vejo do maior pico devastada e sem cor o início está próximo os céus se recusam a deixar chover e gritam através de seus trovões : é o fim e o início horizontes não olham de volta para nós em suas vertigens os sopros que nos traziam boas novas carregam agora só silêncio horizonte, abismo e em tentativas desesperadas de ser reconhecido de voltar a origem somos jogados em espirais de memórias que descargam para a escuridão seco, infértil não somos um ciclo em que todos se pertencem os arautos do cinza e da fumaça se desalinharam de uma conexão cósmica inimigos surgiram que montam em outras costas humanos demais para meu gosto lutamos contra o tempo, uh! |
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2. | Fogo! Na Babilônia | 13:27 | Show lyrics |
chove! chove fogo em cima do reino humano e todo o ar é pólvora cai, cai ácido sobre a pele civilizatória reis e rainhas degoladas deuses e mestras mortas fogo na babilônia! os gritos de desespero ecoam por todas as matas os humanos não estão sustentando a mente humana se desintegra em si mesmo e há sim, senciência nas coisas naturais que celebram o futuro próximo. pois o desmanche humano está por vir se da terra veio, para a terra retornará mas não antes da loucura em massa vir fogo na babilônia! tudo que foi erguido acabará em ruína e em chamas para a vida renascer tudo construído por humanos e humanas é certeza que vai desaparecer tão natural quanto a morte será o macaco nu por palavra enlouquecer anestesiados pela burocracia domesticados impedidos de crescer o ódio que surgiu de injustiça e avareza agora retorna em cada alvorecer os mares clamam pela guágua de todos os cantos para juntarem e fazer tudo inundar os vulcões riem pois derreretem cidades e corpos sem pena, tudo tem de morrer terremotos dançam de baixo da terra para alimentar o solo com defuntos de opressor ciclones desolam terras e casas em seus grandes assobios não demoram a chegar tempestades de areia escondem todos os vestígios virão, virão para nos enterrar um sol tão forte que apenas num piscar, num piscar, gozará ao nos pulverizar todos os barulhos ensurdecem homens e mulheres, a Força quer que tu vá se foder todos seres vivos que não são humanos esses sim, esses sim tem de permanecer a natureza por vingança e com toda sua força esmagará toda a civilização apocalipse ou fim do mundo chame como quiser não vejo a hora da mudança vir a ser se eu fosse desejar uma coisa na vida seria estar presente quando acontecer não há reencarnação ou vida após a morte para em outro plano a gente retentar o que foi erguido acabará em ruína e em chamas para vida renascer |
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3. | Unhas de Bode Ecoam versus o Macaco Nu e sua Agricultura | 04:16 | |
(loading lyrics...) | |||
4. | Chama, Pólvora e Esperança | 18:11 | Show lyrics |
não se surrende a linguagem e às palavras venenosas controladas e limitadas artifício nojento fadado ao acaso carregada pelas ondas do progresso foi se embora casas, famílias e alimentos apagaram a trilha de caminhos à paz impediram a verdadeira vontade e intuição todas ferramentas e processos são navalhas que cortam (o que não sangra) mas que destroem o que já foram a ausência de sonhos correntes, mordaças e armas te anulam. amarram você de joelho te vedam e te surdam enquanto estupram terras natais ceifaram as árvores que se plantaram fizeram ponteiros de relógio para tacarem na boca de vulcões de aço minha esperança se chama pólvora minha esperança se chama fogo ela chama bomba quando se busca existir tão certo quanto a morte abraça-se a fome, o frio e o medo quando-se esquece a língua humana o escuro se torna mais claro (s rastejos da mata não alertam mais despede-se do ódio para com os semelhantes o espelho deixa de ser importante uma vez animal me transformei em humano os olhos não piscam mais a sede é de se construir ruínas fabricas em pó usinas no chão eletricidade desaparecida foda-se toda tecnologia) eu sinto falta de minha terra de meu lar onde não há guerra dos pelos crescidos e garras grandes subir árvores e cavar covas de presas de morrer envenenado de ser caçado e caçar do silêncio cantado por pássaros de chuvas que trazem a paz de todo o alimento colorido de vários serem meus abrigos e de céus não manchados |
|||
5. | Preciso me Encontrar (Tributo ao Candeia) | 04:00 | Show lyrics |
Deixe-me ir Preciso andar Vou por aí a procurar Rir pra não chorar Deixe-me ir Preciso andar Vou por aí a procurar Sorrir pra não chorar Quero assistir ao sol nascer Ver as águas dos rios correr Ouvir os pássaros cantar Eu quero nascer Quero viver Se alguém por mim perguntar Diga que eu só vou voltar Depois que me encontrar Quero assistir ao sol nascer Ver as águas dos rios correr Ouvir os pássaros cantar Eu quero nascer Deixe-me ir Preciso andar |
|||
54:22 |
Mata Mato
Members | |
---|---|
Original line-up | |
Band members | |
Caio Lemos | All instruments, Vocals |
Guest/Session | |
Raíssa Geovanna Matos | Vocals (additional) (track 4) |
Alessandro Moska | Shaker, Caxixi, Conga, Triangle, Zabumba (track 3) |
Tracks | |||
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1. | Há Mais do que Refúgio em Mar Profundo | 10:34 | Show lyrics |
sinto um chamado que não é pelo som, vem da mata que descansa distante, de lá, os ventos trazem não só pó, mas também a saudade do que seremos há talvez além de só paz em mar profundo refugios encantados saberes esquecidos pelo mundo um sossego que penetra corpos uma solidão de mortos que nos importam não é para o céu que os espíritos vão e sim para o chão onde a água pesa mais que o cantar das ondas te botes a dormir e que elas não te façam pensar no fim por vir em litorais onde ainda há verde jazem placas suspensas que a mente ouve: morras bem sozinha portanto, estejas bem sozinha não ouses mais fraquejar a baixo de nuvens depois do dia que te vi sorrir com os olhos cerrados e expressão leve, louvei o futuro que pruns demora e lamentei por outros que é breve ao subir rios pude cumprimentar horizontes e em alto ar, num altar, ouvi bem o som ausente desafiei deus e jurou-me que não mente "estou morto" ele me garantiu que a morte é silenciosa e que ai! de nós se não buscarmos paz agora. |
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2. | Das Serras, Sapiência e Sumidade | 11:47 | Show lyrics |
enquanto desço na companhia de amigos-peixes miro às serras que se constroem longe absorvi de vez a pequenez de mim, mas, não digo que do absoluto me despedi sem dúvida o que serão daqueles que são de culpa? que não evitam pensar em suas falhas que não evitam se esconder entre folhas como se envergonhassem por suas escolhas como se não pudessem chorar sob cascatas cada gota d’ágrima não será julgada, pois, sera mais uma dentre tantas outras, então chores tu também nascestes em pranto, com certeza mundano e não é por isso que deves usar essa máscara há cores que não esperam por ti barulhos que são cegos à tua existência polens que envenenam árvores que dançam sobre cabeças estão nos pássaros, nas águas, e correntes prontos para te abraçarem, prontos para te levarem embora. prontos para te matarem embora, um curto assobio disperse a névoa de tua cabeça, não deixes de recuperar a noção de vontade e do fogo que arde sem maldade continue a subir o rio com leveza, com ou sem correnteza. perseveres. |
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3. | Clarividência em Xara | 12:26 | Show lyrics |
"durma agora com os com o pé à terra e vestido de nenhum manto" quando segui tais conselhos, obtive uma visão mais clara, deixei de atrofiar minha intuição e superei a vergonha de ser humano há uma divindade em sermos como somos uma maldição por ser pensante venefico não mais me iludo com a feiúra das palavras me despeço da música, minha maior aliada, que me permitiu ouvir o ruidar do solo os ensinamentos que com esse poema te conto sei não só através de sonhos, mas pelo meu corpo todo, que nosso fim está próximo, eu escuto ele chegar está não só em meu sangue mas em meu espirito a lamentação de meus ascendentes sempre me chamam a sonhar quando acordei; eu estava no ar petrificado, no ar vi nossas mãos dadas em ciranda que flutua, com outros animais, criaturas, semelhantes a nós, levitamos ao topo das árvores, cantávamos "alegria!, melancolia!", chorávamos ao lembrar que somos amados, dançávamos em celebração a vida, sopros faziam a roda girar; fomos embora em direção ao sol. |
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4. | Saudades Florescem | 13:43 | Show lyrics |
saudade dos rios que nutrem meu corpo e da terra que me habita dos ventos que movimentam energias e do fogo que alimenta minha intuição já não são carnes e ossos que me sustentam mas a saudade da minha família mesmo já tendo partido há tempo para sempre pertence em meu corpo sinto os tambores que já foram tocados no tremer da terra de hoje ainda rufam e rufam vejo não só em minha mente as vidas que tive no passado um elo que não se perde que não é barrado nem pelas maiores devastações cada gota de seiva que engulo ecoa em euforia saudade dos nossos olhos virados ao branco das faíscas guiadas por nossas mãos das flores que nos alimentavam e das folhas que nos curavam apenas em sonhos podemos nos ter de novo |
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5. | Valhacouto de Lírios | 11:23 | Show lyrics |
lírios, lírios valhacoutam um lar e exalam um cheiro de mil mortos corre-se para a mata através d’arvores, para ninguém avistar em fortaleza em meditação se descobre que nunca haverá solidão minha memória é minha companheira toda a imaginação experienciada sensação compartilhada sentimentos vindo d’água fogo que ardia toda seiva já bebida toda vida já vivida, toda morte já morrida. de toda ancestralidade uma visão eu tive, do que eu tinha que fazer. me isolar de toda humanidade em busca do saber sim por misantropia |
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6. | Contra o Delírio Urbano, um Manipanso | 11:34 | Show lyrics |
um peso que paira no ar não pode ser erguido corruptos pensamentos corruptos hábitos nos assolam de fora e de dentro um destino amaldiçoado em vida urbana vida e morte urbana mas quando nossos lores mais antigos são reunidos em volta de fogueira e nossa música é tocada sobre nossas mais verdadeiras lamentações ergue-se um feitiço o distante rufar dos tambores sumona manipanso contra delírio urbano para limpar a sujeira das terras cinzas eu prefiro perder minha fé a todas as mágicas coisas que existem sob o céu, do que continuar vagando em ruas asfaltadas |
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7. | Horizonte, Abismo | 14:28 | Show lyrics |
não há mais chão firme para se aterrar os pés mares, lagos e rios de lama tomaram conta de todos os caminhos e de todas as moradas não há mais separação das águas. sem mais terra onde se cultiva esperanças e sonhos não me incomoda mais a imagem que vejo do maior pico devastada e sem cor o início está próximo os céus se recusam a deixar chover e gritam através de seus trovões : é o fim e o início horizontes não olham de volta para nós em suas vertigens os sopros que nos traziam boas novas carregam agora só silêncio horizonte, abismo e em tentativas desesperadas de ser reconhecido de voltar a origem somos jogados em espirais de memórias que descargam para a escuridão seco, infértil não somos um ciclo em que todos se pertencem os arautos do cinza e da fumaça se desalinharam de uma conexão cósmica inimigos surgiram que montam em outras costas humanos demais para meu gosto lutamos contra o tempo, uh! |
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8. | Fogo! Na Babilônia | 13:27 | Show lyrics |
chove! chove fogo em cima do reino humano e todo o ar é pólvora cai, cai ácido sobre a pele civilizatória reis e rainhas degoladas deuses e mestras mortas fogo na babilônia! os gritos de desespero ecoam por todas as matas os humanos não estão sustentando a mente humana se desintegra em si mesmo e há sim, senciência nas coisas naturais que celebram o futuro próximo. pois o desmanche humano está por vir se da terra veio, para a terra retornará mas não antes da loucura em massa vir fogo na babilônia! tudo que foi erguido acabará em ruína e em chamas para a vida renascer tudo construído por humanos e humanas é certeza que vai desaparecer tão natural quanto a morte será o macaco nu por palavra enlouquecer anestesiados pela burocracia domesticados impedidos de crescer o ódio que surgiu de injustiça e avareza agora retorna em cada alvorecer os mares clamam pela guágua de todos os cantos para juntarem e fazer tudo inundar os vulcões riem pois derreretem cidades e corpos sem pena, tudo tem de morrer terremotos dançam de baixo da terra para alimentar o solo com defuntos de opressor ciclones desolam terras e casas em seus grandes assobios não demoram a chegar tempestades de areia escondem todos os vestígios virão, virão para nos enterrar um sol tão forte que apenas num piscar, num piscar, gozará ao nos pulverizar todos os barulhos ensurdecem homens e mulheres, a Força quer que tu vá se foder todos seres vivos que não são humanos esses sim, esses sim tem de permanecer a natureza por vingança e com toda sua força esmagará toda a civilização apocalipse ou fim do mundo chame como quiser não vejo a hora da mudança vir a ser se eu fosse desejar uma coisa na vida seria estar presente quando acontecer não há reencarnação ou vida após a morte para em outro plano a gente retentar o que foi erguido acabará em ruína e em chamas para vida renascer |
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9. | Unhas de Bode Ecoam versus o Macaco Nu e sua Agricultura | 04:16 | |
(loading lyrics...) | |||
10. | Chama, Pólvora e Esperança | 18:11 | Show lyrics |
não se surrende a linguagem e às palavras venenosas controladas e limitadas artifício nojento fadado ao acaso carregada pelas ondas do progresso foi se embora casas, famílias e alimentos apagaram a trilha de caminhos à paz impediram a verdadeira vontade e intuição todas ferramentas e processos são navalhas que cortam (o que não sangra) mas que destroem o que já foram a ausência de sonhos correntes, mordaças e armas te anulam. amarram você de joelho te vedam e te surdam enquanto estupram terras natais ceifaram as árvores que se plantaram fizeram ponteiros de relógio para tacarem na boca de vulcões de aço minha esperança se chama pólvora minha esperança se chama fogo ela chama bomba quando se busca existir tão certo quanto a morte abraça-se a fome, o frio e o medo quando-se esquece a língua humana o escuro se torna mais claro (s rastejos da mata não alertam mais despede-se do ódio para com os semelhantes o espelho deixa de ser importante uma vez animal me transformei em humano os olhos não piscam mais a sede é de se construir ruínas fabricas em pó usinas no chão eletricidade desaparecida foda-se toda tecnologia) eu sinto falta de minha terra de meu lar onde não há guerra dos pelos crescidos e garras grandes subir árvores e cavar covas de presas de morrer envenenado de ser caçado e caçar do silêncio cantado por pássaros de chuvas que trazem a paz de todo o alimento colorido de vários serem meus abrigos e de céus não manchados |
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11. | Preciso me Encontrar (Tributo ao Candeia) | 04:00 | Show lyrics |
Deixe-me ir Preciso andar Vou por aí a procurar Rir pra não chorar Deixe-me ir Preciso andar Vou por aí a procurar Sorrir pra não chorar Quero assistir ao sol nascer Ver as águas dos rios correr Ouvir os pássaros cantar Eu quero nascer Quero viver Se alguém por mim perguntar Diga que eu só vou voltar Depois que me encontrar Quero assistir ao sol nascer Ver as águas dos rios correr Ouvir os pássaros cantar Eu quero nascer Deixe-me ir Preciso andar |
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02:05:49 |
Toda História pela Frente
Members | |
---|---|
Band members | |
Caio Lemos | All instruments, Vocals |
Guest/Session | |
Bruno Augusto Ribeiro | Lyrics (track 1) |
Miscellaneous staff | |
Bruna Macêdo | Cover art |
Tracks | |||
---|---|---|---|
1. | O Castigo vem à Cavalo | 17:03 | Show lyrics |
Toda luz que me faz entender o que passou O escuro é o pai dos meus sonhos, a luz o abraçou. Luz é parida e do escuro traz verdade; a terra desconquistada atravessando corações, tamanha a gana por viva essência. Errantes, no som lhes abrigaremos junto aos encantos de antigas formas que de longe vieram rugir novamente a liberdade dos organismos coletivos, Lavar com marés a treva do homem e da mulher. Lavar com marés a luz de ontem. Vou sem desejos enterrados aonde o passado não sangra pra tarde queimar minhas dores, e ouvir o brado dos raios, e sonhar meus sonhos perdidos aqui. Deixei pelo caminho o peso dos meus rastros – vi luz se entregar às sombras, choros rompendo aos sopros, às vidas perdidas ao nunca na longa morte dos dias. Ante cegas iras pulsa o absurdo, âmago onde fim só imaginam lá se encontra nossa última descida para saber novos sentidos, pertencer à sábia impermanência que nos chama. |
|||
2. | Toda Mágoa do Mundo | 11:43 | Show lyrics |
Há só noite em mentes ocupadas e nos corações que enxergam e anseiam os caminhos são incertos, mas, a vontade é certa. Porque a calma e a justiça não existem para todos. Exclusivas da primeira sorte dos que nascem podendo. Anseiam por toda história pela frente. A força vem das lamúrias incessantes que habitam os ouvidos E dos choros ancestrais, que avisam em sonhos, cada sinal de problema. Soam sem parar, no escuro e mesmo assim, tentam. Com a coragem dos desesperados. Toda mágoa do mundo cai do céu como chuva. Ninguém entende de onde vem Olhares para cima que vêem só abandono Esgotados, porém, vivos. Sonhos de um mundo morto Agora sem seus lares Vagueiam flutuando pelo cosmos e além. Sonhos de um mundo vivo Agora em nossas mentes Os corpos carregados Para luta até o fim. |
|||
3. | Miséria da Sabedoria | 26:00 | Show lyrics |
Em ruas, vielas, castelos Nas vivências ardidas de luta e dor, Há pilhas de palavras que desmonoram todas vezes que são ditas Quando esperam que a linguagem seja consciência praticada Que as batalhas de hoje se inspirem nas de ontem. Que caia o amontado de ilusões, Perdidos em arte, bagunçado em conhecimento. Pois, nada contempla o que é certo quanto o filho faminto. Que caia os muros. Que caia as fronteiras. Falácias abstratas demais para se agarrar. Os desejos, abstratos demais para se inspirar. As dores sim, reais demais para se esquecer. O sofrer que faz falta para alguns Cria sombra no pesar do dia a dia de outrem. Dia após dia. E a miséria da sabedoria desnortea o entendimento. A filosofia não vivida guia os corpos para falta de organização. As más concepções de causa e efeito é regra, como a mentira dos direitos. O fogo engolido em prol de nossa paz O silêncio dos desacordados O choro engolido em prol de falsa paz O barulho da mente, os corpos ansiosos O fogo destemido é por nossa paz Em confusão de entender a realidade, Joga-se no ar poesia perdida como esta. Bandidas entre linhas. Labirinto de símbolos E cada verso não faz sentido E o que é dito não é vivido, Muito menos sentido. Mas, tudo passará Vamos viver novas frases Novas palavras virão, Acompanhadas por ritmos Cantadas em terra justa Que toda história pela frente Se resuma em dança, Onde nenhuma voz é menor que outra. |
|||
54:46 |
Toda História pela Frente
Members | |
---|---|
Original line-up | |
Band members | |
Caio Lemos | All instruments, Vocals |
Guest/Session | |
Bruno Augusto Ribeiro | Lyrics (track 1) |
Miscellaneous staff | |
Bruna Macêdo | Cover art |
Tracks | |||
---|---|---|---|
1. | O Castigo vem à Cavalo | 17:03 | Show lyrics |
Toda luz que me faz entender o que passou O escuro é o pai dos meus sonhos, a luz o abraçou. Luz é parida e do escuro traz verdade; a terra desconquistada atravessando corações, tamanha a gana por viva essência. Errantes, no som lhes abrigaremos junto aos encantos de antigas formas que de longe vieram rugir novamente a liberdade dos organismos coletivos, Lavar com marés a treva do homem e da mulher. Lavar com marés a luz de ontem. Vou sem desejos enterrados aonde o passado não sangra pra tarde queimar minhas dores, e ouvir o brado dos raios, e sonhar meus sonhos perdidos aqui. Deixei pelo caminho o peso dos meus rastros – vi luz se entregar às sombras, choros rompendo aos sopros, às vidas perdidas ao nunca na longa morte dos dias. Ante cegas iras pulsa o absurdo, âmago onde fim só imaginam lá se encontra nossa última descida para saber novos sentidos, pertencer à sábia impermanência que nos chama. |
|||
2. | Toda Mágoa do Mundo | 11:43 | Show lyrics |
Há só noite em mentes ocupadas e nos corações que enxergam e anseiam os caminhos são incertos, mas, a vontade é certa. Porque a calma e a justiça não existem para todos. Exclusivas da primeira sorte dos que nascem podendo. Anseiam por toda história pela frente. A força vem das lamúrias incessantes que habitam os ouvidos E dos choros ancestrais, que avisam em sonhos, cada sinal de problema. Soam sem parar, no escuro e mesmo assim, tentam. Com a coragem dos desesperados. Toda mágoa do mundo cai do céu como chuva. Ninguém entende de onde vem Olhares para cima que vêem só abandono Esgotados, porém, vivos. Sonhos de um mundo morto Agora sem seus lares Vagueiam flutuando pelo cosmos e além. Sonhos de um mundo vivo Agora em nossas mentes Os corpos carregados Para luta até o fim. |
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3. | Miséria da Sabedoria | 26:00 | Show lyrics |
Em ruas, vielas, castelos Nas vivências ardidas de luta e dor, Há pilhas de palavras que desmonoram todas vezes que são ditas Quando esperam que a linguagem seja consciência praticada Que as batalhas de hoje se inspirem nas de ontem. Que caia o amontado de ilusões, Perdidos em arte, bagunçado em conhecimento. Pois, nada contempla o que é certo quanto o filho faminto. Que caia os muros. Que caia as fronteiras. Falácias abstratas demais para se agarrar. Os desejos, abstratos demais para se inspirar. As dores sim, reais demais para se esquecer. O sofrer que faz falta para alguns Cria sombra no pesar do dia a dia de outrem. Dia após dia. E a miséria da sabedoria desnortea o entendimento. A filosofia não vivida guia os corpos para falta de organização. As más concepções de causa e efeito é regra, como a mentira dos direitos. O fogo engolido em prol de nossa paz O silêncio dos desacordados O choro engolido em prol de falsa paz O barulho da mente, os corpos ansiosos O fogo destemido é por nossa paz Em confusão de entender a realidade, Joga-se no ar poesia perdida como esta. Bandidas entre linhas. Labirinto de símbolos E cada verso não faz sentido E o que é dito não é vivido, Muito menos sentido. Mas, tudo passará Vamos viver novas frases Novas palavras virão, Acompanhadas por ritmos Cantadas em terra justa Que toda história pela frente Se resuma em dança, Onde nenhuma voz é menor que outra. |
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54:46 |
Toda História pela Frente
Members | |
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Original line-up | |
Band members | |
Caio Lemos | All instruments, Vocals |
Guest/Session | |
Bruno Augusto Ribeiro | Lyrics (track 1) |
Miscellaneous staff | |
Bruna Macêdo | Cover art |
Tracks | |||
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1. | O Castigo vem à Cavalo | 17:03 | Show lyrics |
Toda luz que me faz entender o que passou O escuro é o pai dos meus sonhos, a luz o abraçou. Luz é parida e do escuro traz verdade; a terra desconquistada atravessando corações, tamanha a gana por viva essência. Errantes, no som lhes abrigaremos junto aos encantos de antigas formas que de longe vieram rugir novamente a liberdade dos organismos coletivos, Lavar com marés a treva do homem e da mulher. Lavar com marés a luz de ontem. Vou sem desejos enterrados aonde o passado não sangra pra tarde queimar minhas dores, e ouvir o brado dos raios, e sonhar meus sonhos perdidos aqui. Deixei pelo caminho o peso dos meus rastros – vi luz se entregar às sombras, choros rompendo aos sopros, às vidas perdidas ao nunca na longa morte dos dias. Ante cegas iras pulsa o absurdo, âmago onde fim só imaginam lá se encontra nossa última descida para saber novos sentidos, pertencer à sábia impermanência que nos chama. |
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2. | Toda Mágoa do Mundo | 11:43 | Show lyrics |
Há só noite em mentes ocupadas e nos corações que enxergam e anseiam os caminhos são incertos, mas, a vontade é certa. Porque a calma e a justiça não existem para todos. Exclusivas da primeira sorte dos que nascem podendo. Anseiam por toda história pela frente. A força vem das lamúrias incessantes que habitam os ouvidos E dos choros ancestrais, que avisam em sonhos, cada sinal de problema. Soam sem parar, no escuro e mesmo assim, tentam. Com a coragem dos desesperados. Toda mágoa do mundo cai do céu como chuva. Ninguém entende de onde vem Olhares para cima que vêem só abandono Esgotados, porém, vivos. Sonhos de um mundo morto Agora sem seus lares Vagueiam flutuando pelo cosmos e além. Sonhos de um mundo vivo Agora em nossas mentes Os corpos carregados Para luta até o fim. |
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3. | Miséria da Sabedoria | 26:00 | Show lyrics |
Em ruas, vielas, castelos Nas vivências ardidas de luta e dor, Há pilhas de palavras que desmonoram todas vezes que são ditas Quando esperam que a linguagem seja consciência praticada Que as batalhas de hoje se inspirem nas de ontem. Que caia o amontado de ilusões, Perdidos em arte, bagunçado em conhecimento. Pois, nada contempla o que é certo quanto o filho faminto. Que caia os muros. Que caia as fronteiras. Falácias abstratas demais para se agarrar. Os desejos, abstratos demais para se inspirar. As dores sim, reais demais para se esquecer. O sofrer que faz falta para alguns Cria sombra no pesar do dia a dia de outrem. Dia após dia. E a miséria da sabedoria desnortea o entendimento. A filosofia não vivida guia os corpos para falta de organização. As más concepções de causa e efeito é regra, como a mentira dos direitos. O fogo engolido em prol de nossa paz O silêncio dos desacordados O choro engolido em prol de falsa paz O barulho da mente, os corpos ansiosos O fogo destemido é por nossa paz Em confusão de entender a realidade, Joga-se no ar poesia perdida como esta. Bandidas entre linhas. Labirinto de símbolos E cada verso não faz sentido E o que é dito não é vivido, Muito menos sentido. Mas, tudo passará Vamos viver novas frases Novas palavras virão, Acompanhadas por ritmos Cantadas em terra justa Que toda história pela frente Se resuma em dança, Onde nenhuma voz é menor que outra. |
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Band ascii art
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